NEGÓCIOS

Recife no mapa do luxo

Grifes como Prada, Dolce&Gabanna, Armani, Burberry e Gucci aportam na capital e investem no consumidor nordestino

Da editoria de economia
Cadastrado por
Da editoria de economia
Publicado em 24/08/2014 às 9:09
Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Grifes como Prada, Dolce&Gabanna, Armani, Burberry e Gucci aportam na capital e investem no consumidor nordestino - FOTO: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Leitura:

Prada, Armani, Versace, Dolce & Gabanna, Burberry... Marcas que até bem pouco tempo atrás só podiam ser garimpadas em São Paulo ou em outros países agora têm presença marcante no Recife. E outras, como a Gucci, estão chegando. São representantes do mercado de luxo, que, enquanto a economia nacional se contrai, deve crescer pelo menos 10% no Brasil este ano. Em breve, o Nordeste passará a fazer parte desses números, porque as grifes passaram a enxergar o consumidor da região como a nova fronteira a ser conquistada.

De acordo com a consultoria Euromonitor, a média geral de crescimento para itens de luxo para este ano no País é de 10%. “São consideradas apenas marcas que denominamos de ‘global luxury brands’ como Prada, Gucci, Louis Vuitton, entre outras”, explica a gestora de Pesquisa da Euromonitor Internacional, Meika Nakamura. Ela pontua que há produtos que se destacarão mais: “O setor que é esperado apresentar um dos maiores crescimentos é o segmento de ‘luxury accessories’ (bolsas, joalheria, óculos de sol, entre outros), com crescimento nominal de 14%”.

Embora a Euromonitor não reparta os dados por região, Nakamura comenta que o Nordeste tem chamado a atenção das grandes companhias. “Existe sim um interesse maior das empresas e varejistas de luxo em investir no Nordeste, descentralizando os esforços e investimento no eixo São Paulo e Rio de Janeiro”. Especializado no mercado de luxo e envolvido na atração de marcas para o Recife, o presidente da MCF Consultoria, Carlos Ferreirinha, reforça que as grifes estão compreendendo que o Brasil não se resume mais apenas a São Paulo. “O grande sopro de resultados econômicos está nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. O que tem acontecido nesses locais é avassalador”, comenta Ferreirinha.

O consultor acrescenta que, apesar dessa atratividade, essas áreas nem sempre têm estrutura para receber grandes marcas. “Mas lugares como o RioMar, onde o projeto, desde sua criação, foi pensado para absorvê-las, supre as necessidades dessas empresas, que têm um grau de exigência muito elevado”. Em setembro, o mall recebe a primeira loja da italiana Gucci do Nordeste – hoje, a companhia está Brasil somente em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

A advogada alagoana Jacyara Amaral, 28 anos, tem economizado pelo menos dois mil quilômetros para encontrar suas grifes preferidas. Até que elas chegassem ao RioMar Shopping, era preciso aproveitar viagens a São Paulo ou ao exterior para renovar o guarda-roupas. “Eu fiquei extremamente feliz quando soube que a Prada e a Gucci vinham para o RioMar, por ter essas marcas mais próximas”, conta a mãe do pequeno Daniel, que já a companha às compras. 

Últimas notícias