A cesta básica no Recife caiu 1,33% em maio deste ano em comparação com o mês passado. A informação é do boletim de divulgação da Cesta Básica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. Com a queda, o valor passou de R$ 358,55 para R$ 353,78, configurando o conjunto de alimentos como o terceiro mais barato no Nordeste. Já no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, é a menor elevação entre as capitais da região.
O resultado é positivo em comparação com o mês passado, quando Recife apresentou a segunda maior alta no País e, com isso, ficou como a quarta cesta mais cara do Nordeste. Atualmente, é a sétima. A mais cara é a de Teresina, no Piauí.
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A manteiga (9,38%), o feijão (7,20%) e a farinha (5,29%) são os produtos que ficaram mais caros em maio. No total, sete de 12 alimentos apresentaram aumento.
A elevação no valor da farinha é resultado da falta da mandioca por causa da seca. O preço do feijão, que pode chegar a R$ 12 nos supermercados, é impactado pela seca nos principais Estados fornecedores (Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais).
Quanto à manteiga, o Centro de Estudos Avançados em Economia Avançada (Cepea) da Universidade de São Paulo mostra que o declínio na produção leiteira na entressafra puxou os custos para cima desde o mês passado.
O tomate (-15,16%), o açúcar (-2,71%) e a banana (-2,63%) apresentaram redução no valor. O motivo para a queda é o aumento da oferta do tomate no mercado atacadista, com a antecipação da colheita em algumas regiões produtoras. O mesmo acontece com a banana, o detalhe é que a demanda do produto está retraída.
Segundo o Dieese, o valor da cesta no mês comprometeu 43,70% do salário mínimo líquido só com as despesas de alimentação, percentual inferior ao de abril (44,29%). A média nacional deste mesmo indicador foi de 47,93%. A jornada de trabalho para comprar os produtos também caiu 1 hora e 11 minutos em relação ao mês passado, ficando em 88h27min.