Pacotes de viagem ou aluguel de casas de veraneio que não existem, compras online que não chegam, vagas falsas de emprego. Alguns desses “velhos” golpes comuns no mercado brasileiro fazem mais vítimas no fim de cada ano. De acordo com o titular da Delegacia de Estelionato, Rômulo Aires, neste período o número de denúncias cresce até 20%. O dinheiro extra do 13º salário circulando na economia e o consumismo em alta seriam os principais motivos para as pessoas estarem mais vulneráveis às armadilhas.
De acordo com a advogada Ana Gabriela Lira, integrante da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE), o aumento sazonal do número de vítimas não está relacionado a mais golpistas, mas ao fato das pessoas estarem mais propensas a clicar em ofertas e consumir. “Nessa época, as empresas, inclusive idôneas, aumentam o número de propagandas. O que acontece é que as falsas ofertas continuam lá e as pessoas, que estão mais propensas ao consumo, acabam caindo na armadilha”, analisa.
O aumento também é sentido pela gerente de fiscalização do Procon-PE, Danyelle Sena, que pontua os crimes relacionados ao consumo e às férias como os mais recorrentes neste período do ano. “Viagens falsas, pacotes de passeios que não existem, aluguel falso de casas de campo ou veraneio, todos os anos esses crimes ficam mais comuns nesta época do ano, quando as pessoas estão em busca de destino de férias”, enumera Danyelle Sena.
