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Doda Miranda compartilha experiência com jovens cavaleiros

Medalhista olímpico e um dos principais cavaleiros do Brasil, Doda Miranda esteve em Pernambuco para ministrar clínica de hipismo para jovens cavaleiros

JC Online
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Publicado em 02/09/2018 às 10:02
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Medalhista olímpico e um dos principais cavaleiros do Brasil, Doda Miranda esteve em Pernambuco para ministrar clínica de hipismo para jovens cavaleiros - FOTO: Divulgação
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Medalhista olímpico e um dos cavaleiros mais experientes do Brasil, Doda Miranda esteve no Recife para ministrar sua clínica de hipismo para os jovens talentos do esporte local. O evento, realizado no Núcleo Hípico de Vitória de Santo Antão, faz parte do novo momento encarado pelo atleta. Após seis participações em Olimpíadas e a conquista de duas medalhas – em Atlanta-1996 e Sidney-2000 –, Doda voltou a morar no País para colocar em prática dois projetos profissionais. O primeiro é justamente investir na formação de novos cavaleiros por meio de sua clínica, enquanto o segundo é retomar o nível competitivo para integrar a seleção brasileira.

Esta foi a primeira vez que Doda veio ao Recife para ministrar sua clínica, embora o evento já circule o Brasil desde 2000. Aqui, Doda contou com oito participantes e revelou que Pernambuco tem muitos talentos promissores. “Eu sempre soube que a escola pernambucana de hipismo era forte, com ótimos talentos. A grande questão é que estados do Norte e Nordeste estão longe do polo principal, que estão localizados no Sul e Sudeste”, observou o cavaleiro, que completou. “Surgiu a oportunidade de eu trazer a clínica e eu vim com a intenção de contribuir com a formação da base também em Pernambuco”, observou.

NA CLÍNICA

Na clínica, os cavaleiros tiveram a oportunidade de conhecer técnicas desenvolvidas na Europa e pouco difundidas no Brasil. O minicurso é personalizado e os participantes tiveram contato direto com Doda, com direito a entrevista exclusiva, análise de carreira e uma prova final. Veterano do hipismo, Doda morou 21 anos na Europa, onde aprendeu tudo sobre o melhor do hipismo. Por conta de sua iniciativa de sair do País, o cavaleiro se tornou uma referência na modalidade e garante que todo sacrifício de ficar longe valeu a pena. “Eu tive que abdicar de muitas coisas, muitos momentos com família e amigos. Ficar longe de casa. Mas hoje faço avaliação e vejo que tudo valeu a pena”, observou.

Por outro lado, ele criticou a falta de ações que desenvolvam o esporte e fortaleçam a base dos cavaleiros do Brasil. “É incrível a quantidade de talentos que o País tem, mas nossa base é fraca. Aqui, as pessoas não entendem que equitação tem que ter a parte teórica valorizada. As escolas não respeitam a evolução dos cavaleiros. Muitas instituições não têm pôneis para crianças e adolescentes montarem. Os bracinhos são pequenos, as pernas não alcançam a cela. Os pais pressionam muito. Tudo isso atrapalha a evolução”, comentou.

Doda também destacou que falta investimento para buscar conhecimento em escolas estrangeiras. Além disso, há resistência dos próprios cavaleiros em apostar em viagens que, fatalmente, vão proporcionar melhorias na formação profissional.
Falando em lançar novos desafios e persegui-los, o medalhista olímpico revelou que tem planos para retomar o nível competitivo em até dois anos e ajudar a seleção brasileira nos próximos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020. Com um currículo repleto de conquistas e participações em Olimpíadas, Doda, hoje com 44 anos, está motivado com o retorno ao Brasil e o trabalho em formar cavalos genuinamente nacionais. Foi dessa forma que ele faturou seus dois pódios olímpicos, em Atlanta-1996 e Sidney-2000. Além disso, ele quer superar os resultados do Rio-2016, quando foi o melhor cavaleiro do País, com o 9º lugar individual e o 5º por equipes.

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