Uma segunda audiência de conciliação envolvendo o caso Magrão aconteceu na tarde desta sexta-feira (28), na 10ª Vara do Trabalho do Recife. Porém, ao contrário do que era esperado, o acordo acabou não sendo firmado entre as partes. O que não quer dizer que não possam chegar num denominador comum nos próximos dias e pôr fim ao processo jurídico.
Diferente da primeira a audiência, nesse segundo encontro, o clima foi menos amistoso. A parte do Sport, representada pelo advogado Eduardo Coimbra e pelo vice-presidente jurídico Marcos Cabral, iniciou a sessão jurídica argumentando bastante com a Juíza substituta Dra. Maria Carla Dourado de Brito Jurema - que acabou ficando com o caso, já que a Juíza Titular Dra. Ana Isabel Guerra Barbosa Koury deixou o caso alegando suspeição. Já o advogado de Magrão, Leonardo Laporta, mostrava uma postura defensiva, demonstrando não concordar com o que estava sendo exposto - em termos de números.
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Antes de a audiência começar, o próprio Laporta afirmou que "se o Sport não aumentasse o valor da proposta e chegasse ao que está sendo exigido por Magrão, não teria acordo". E, lá dentro, via-se esse embate. A reportagem do Jornal do Commercio mais uma vez esteve presente e constatou o cenário. Tanto que, ao contrário da primeira audiência, Laporta mal utilizou o celular para falar com Magrão. Sinal de que já estava convicto do número mínimo exigido para selar o acordo e retirar a ação judicial.
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Em determinado momento, a Juíza substituta Dra. Maria Carla Dourado de Brito Jurema pegou a calculadora para apresentar os números que seriam de um possível acordo. Foi possível ouvir pelo JC a discussão entre as partes sobre em quantas vezes seria o parcelamento para firmar acordo (pelo que apuramos, foi proposto em 40 parcelas).
#JCEsportes O advogado de Magrão, Leonardo Laporta, e o vice-presidente jurídico do @sportrecife, Marcos Cabral, conversaram com a reportagem do Jornal do Commercio após a audiência de conciliação. pic.twitter.com/xkF3Ix9rQW
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 28 de junho de 2019
Sem chegar a um denominador comum, a audiência terminou às 14h40, mas as duas partes saíram confiantes de um desfecho positivo. "Estamos conversando sobre valores. Está bem próximo de um acerto, mas ainda tem de ter a aprovação do presidente e também tenho de falar com o Magrão. Mas estamos empanhados, o poder judiciário está ajudando muito. É preciso ver as condições de pagamento, mas temos grandes condições de finalizar de forma salutar para todos. Faltando bem pouco", disse Leonardo Laporta, advogado de Magrão.
O vice-presidente jurídico do Sport, Marcos Cabral, seguiu a mesma linha de otimismo. "Continuamos em negociação e dizendo que o Sport está disposto a um acordo. Os valores estamos ajustando, pois isso requer paciência. Não é simplesmente dar um número e fechar o acordo. Precisamos ter mais diálogos para chegar a um acordo justo e certo para ambas as partes. Esperamos um bom desfecho para todos", comentou o dirigente rubro-negro.
SEQUÊNCIA
A partir de agora, o processo segue o seu rito normal. Se chegarem a esse denominador comum, as partes informam na 10ª Vara do Trabalho do Recife para que o acordo possa ser homologado no sistema. Caso contrário, a próxima audiência acontece no dia 25 de setembro e, nesse caso, Magrão será obrigado a comparecer na audiência.