CASO BRUNO

Justiça manda emitir atestado de óbito de Eliza Samudio

Na mesma decisão, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues quebrou o sigilo bancário do goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar a ex-amante

da Agência Estado
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Publicado em 15/01/2013 às 17:16
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BELO HORIZONTE - A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri do Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, determinou a expedição do atestado de óbito da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio, 24 anos, vista pela última vez em julho de 2010 e cujo corpo nunca foi encontrado. Na mesma decisão, a juíza quebrou o sigilo bancário de Bruno, acusado pelo sequestro e morte de Eliza. As informações podem servir para comprovar a ligação do atleta com o crime.

A decisão atendeu a pedidos do Ministério Público Estadual (MPE) e da família de Eliza, que não era considerada oficialmente morta. Porém, o braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, Macarrão, foi condenado por um júri popular em novembro passado a 15 anos de prisão pelo assassinato da jovem.

Para Marixa, apesar de a lei não prever a emissão da certidão de óbito, a decisão do júri pela condenação de Macarrão é soberana e suficiente para que a família possa obter o documento, necessário para, por exemplo, algum tipo de reparação civil ou para garantir direitos ao filho que ela teve com o goleiro.

"Se já existe uma decisão que reconhece a morte da vítima, não faz sentido determinar que seus genitores ou seu herdeiro percorram a via crúcis de outro processo para obterem outra sentença judicial que declare a morte de Eliza Samudio", afirmou a magistrada.

A magistrada ainda vai analisar recurso que pede a anulação do julgamento apresentado por outra ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro. Ela foi condenada no mesmo julgamento de Macarrão a cinco anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho. O MPE também recorreu da decisão, mas pede apenas a mudança para que a pena seja cumprida em regime fechado.

Bruno, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, Bola, e a ex-mulher do goleiro, Dayane Rodrigues do Carmo, também deveriam ter sido julgados na ocasião, mas, após uma série de manobras dos advogados de defesa dos acusados, Marixa determinou o desmembramento do processo. Bola é acusado da execução e ocultação do cadáver de Eliza; Dayane, pelo sequestro e cárcere privado do filho da vítima com o goleiro. O julgamento deles está marcado para o início de março.


 

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