Uma estudante recifense tem sido vítima de agressões e ameaças nas redes sociais após postar uma foto nua com uma mensagem de aceitação do corpo. A postagem de Daniela Martins viralizou nas redes sociais e ela tem recebido todo tipo de ataque na internet. Devido aos comentários de intimidação, ela procurou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para denunciar o caso, na tarde desta quarta-feira (4).
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Mesmo com todos os preconceitos e ameaças, a foto de Daniela alcançou 65 mil curtidas, mais de 16.000 compartilhamentos e mais de 29.000 comentários, que na grande maioria são de elogios e apoio. Mensagens como "cabelo de bombril", "vaca", "gorda", "feminazi" e outros foram registrados. A universitária já vinha fazendo postagens criticando os "padrões do corpo feminino imposta pela sociedade" e incentivava outras mulheres a enxergar a beleza do seu próprio corpo da forma que eles são. Mas após a publicação da foto do dia 27 de dezembro em que ela aparecia nua, cobrindo apenas os órgãos genitais, que começaram a surgir as agressões e ameaças.
A foto foi compartilhada em um grupo fechado do Facebook, onde os membros fazem ameaças e insultos à universitária. "Ei vadia, sou de Recife e tem vários membros daqui. É melhor parar com isso ou a coisa vai deixar de ser virtual e vai passar pra uma coisa mais física, tá ligado?", escreveu um dos membros, Cesar Seid. "Pelamor de Deus, veste uma roupa e vai lavar louça, fica pagando de ridícula nas redes sociais. Tu é bem retardada", disse Camila Carolina.
Apoio
Em uma publicação, Daniela fala do amor próprio e agradece o apoio recebido após a polêmica. "Gratidão a todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma. O meu amor por si vai além de qualquer coisa, e não são esses comentários sem amor que vão me abalar. Sou a gorda mais linda, e cheia de amor. Dani-se", escreveu.
Amigos da vítima criaram um termo "Dani-se", que faz referência ao nome da vítima. Também em apoio, outras mulheres tem postado fotos nuas. Apesar de toda a situação, Daniela passa força para encarar a situação e continuar com a militância para ajudar as mulheres a aceitar e amar o seu corpo.