A família da intérprete iemenita sequestrada junto com uma francesa na terça-feira no Iêmen fez contato com chefes tribais e representantes da milícia huti, que controla a capital do país, indicou nesta quarta-feira o tio da iemenita.
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O sequestro destas duas mulheres, a iemenita Sherin Makaui e a francesa Isabelle Prime, não foi reivindicado.
Prime, de 30 anos, trabalha para a consultora Ayala Consulting, com sede em Miami e Equador, especialista em desenvolvimento sustentável.
Prime foi sequestrada junto a Makaui por homens armados quando viajavam a bordo de um táxi na capital, Sana.
"Fizemos contato com diferentes chefes tribais (...) para garantir sua colaboração, com o objetivo de obter a libertação das duas mulheres", declarou o tio de Makaui, Yasin Makaui.
"Também fizemos contato, com o mesmo objetivo, com o ministério do Interior e com os hutis", acrescentou.
A capital do Iêmen é controlada atualmente pela milícia xiita huti, que tirou do poder o presidente Abd Rabbo Mansur Hadi.
Hadi foi inicialmente colocado sob prisão domiciliar, mas no último sábado conseguiu fugir e chegar à cidade de Aden, no sul do país, seu reduto. Ali o presidente, de 69 anos, retirou sua renúncia e declarou que seguia liderando o país.
Os hutis rejeitaram esta reivindicação e advertiram a comunidade internacional a não seguir mantendo contato com ele.
Diante da situação no Iêmen, a França e outros países ociedntais fecharam no início de fevereiro suas embaixadas em Sana. Paris pediu na época que seus cidadãos deixassem o país o quanto antes.