Uma francesa que trabalha para o Banco Mundial foi sequestrada nesta terça-feira no Iêmen, anunciaram as autoridades francesas, que exigiram sua libertação o quanto antes.
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"Pedimos sua libertação o quanto antes, estamos tentando localizá-la", declarou o presidente francês, François Hollande, declarando que a mulher, de 30 anos, trabalha para o Banco Mundial, instituição financeira internacional com sede em Washington.
Um comunicado da chancelaria francesa havia confirmado pouco antes o sequestro em Sana.
O centro de crise do ministério francês das Relações Exteriores está em contato com a família e "todos os nossos serviços estão mobilizados para obter a rápida libertação de nossa compatriota", acrescentou o comunicado.
"Diante da degradação das condições de segurança no Iêmen", a chancelaria reiterou "com insistência a recomendação de sair deste país rapidamente" que fez aos cidadãos franceses há duas semanas.
A capital do Iêmen é controlada atualmente pela milícia xiita Huti.
Uma fonte dos serviços de segurança iemenitas declarou que a francesa foi sequestrada nesta terça-feira pela manhã no centro de Sana por homens armados não identificados.
A francesa foi interceptada por estes homens junto a uma acompanhante iemenita quando ambas estavam em um táxi. As duas mulheres foram levadas a um local desconhecido.
No início de fevereiro, a França e outros países ocidentais fecharam suas embaixadas no Iêmen. O governo francês aconselhou na época seus cidadãos a saírem do país o quanto antes.
Os interesses franceses no Iêmen foram assumidos na época pelos diplomatas marroquinos credenciados em Sana, mas já não é o caso, depois que o Marrocos também decidiu se retirar do Iêmen. Ou seja, Paris não tem atualmente representação diplomática no país.
O presidente do Iêmen, Abd Rabo Mansur Hadi, que fugiu de Sana no sábado passado, declarou em Aden, antiga capital do Iêmen do Sul, que segue assumindo suas funções, e classificou de nulas e ilegítimas todas as decisões tomadas pela milícia Huti.
Reagindo as suas declarações, os Hutis, que o obrigaram a abandonar o poder em janeiro e negam qualquer legitimidade de Hadi, convocaram os países estrangeiros a não negociar com ele, afirmando que será processado pela justiça iemenita.
Já o primeiro-ministro iemenita, Khalid Bahah, permanece em prisão domiciliar em Sana, juntamente com outros ministros e funcionários.
Críticos acusam o Irã, predominantemente xiita, de apoiar os Hutis em uma tentativa de desestabilizar o Iêmen, estrategicamente localizado ao sul da Arábia Saudita, rica em petróleo, e ao longo das principais rotas de transporte marítimo.
Falando aos legisladores americanos em Washington, o secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que o apoio do Irã aos Hutis contribuiu para o colapso do governo.