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Jornalistas ameaçados por terroristas e governos, destaca CPJ

O Brasil registrou duas mortes de profissionais

Da AFP
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Publicado em 27/04/2015 às 14:47
Foto: AL-FURQAN / MEDIA / AFP
O Brasil registrou duas mortes de profissionais - FOTO: Foto: AL-FURQAN / MEDIA / AFP
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O confronto entre grupos terroristas e governos transformaram os últimos anos nos mais perigosos para os repórteres, segundo um relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgado em Nova York.

"Alguns jornalistas são sequestrados ou assassinados por grupos militantes, enquanto outros são vigiados, censurados ou detidos por governos que buscam responder a esta ameaça, real ou percebida", afirma um comunicado do CPJ.

O relatório anual "Ataques à Imprensa" é apresentado como uma coletânea de ensaios de especialistas regionais do CPJ, incluindo dois com análises sobre os riscos para a profissão no Paraguai e México em questões vinculadas com organizações criminosas que se dedicam ao tráfico de drogas ou contrabando.

"Da segurança cibernética até a segurança física, os desafios enfrentados pelos jornalistas hoje são mais complexos que nunca e procedem de lugares tradicionalmente complexos como Oriente Médio, África e América Latina, assim como de países comparativamente estáveis na Europa, Ásia e América do Norte", afirma na introdução Christiane Amanpour, jornalista do canal CNN.

"A maior ameaça não é de um ou dois indivíduos, nem está confinada a um determinado país ou ano. Uma batalha pela informação está em curso no mundo e está evoluindo de modos extremamente perigosos. A única constante, como sempre, é que os jornalistas estão na frente de batalha", completou.

Segundo o diretor executivo do CPJ, Joel Simon, "os jornalistas estão presos em uma dinâmica de terror", ameaçados por personagens não estatais e com restrições em seus direitos civis, incluindo a liberdade de imprensa, de parte dos governos.

Os assassinatos de jornalistas estrangeiros cometidos pelo grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque contribuíram para transformar 2014, com 60 mortes confirmadas, em um dos anos mais violentos para a profissão, segundo o CPJ.

Na América Latina, o Paraguai registrou a morte de três jornalistas no exercício da profissão. Brasil e México registraram duas mortes cada.

Na semana passada, o CPJ divulgou um relatório com os 10 países de maior censura no mundo, uma lista liderada por Eritreia, Coreia do Norte e Arábia Saudita. Cuba aparece em décimo lugar.

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