Rio 2016

A um mês do Rio-2016, Força Nacional assume segurança de instalações olímpicas

Do efetivo previsto para atuar na Olimpíada, 1,5 mil estão na cidade

Estadão Conteúdo
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Publicado em 05/07/2016 às 19:29
Foto: Nathalia Manzaro/ Divulgação
Do efetivo previsto para atuar na Olimpíada, 1,5 mil estão na cidade - FOTO: Foto: Nathalia Manzaro/ Divulgação
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A Força Nacional assumiu nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, a segurança de 50 instalações olímpicas e também dos seus arredores, sob o comando do tenente coronel Carlos Alberto Andrade, da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

 

A chegada ao Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, foi monitorada por agentes, que revistaram bolsas e mochilas e pararam veículos Cães farejadores participaram das ações. Do efetivo previsto para atuar na Olimpíada, 1,5 mil estão na cidade.

"Não há necessidade de chegar todo efetivo hoje porque não há competição", afirmou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. A previsão é de que até 22 ou 23 de julho todos os policiais da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal que vão trabalhar nos Jogos já estejam no Rio.

A Força Nacional é formada por policiais militares, bombeiros, policiais civis e peritos de diversos estados da federação. De acordo com o Ministério da Justiça, a entidade é composta "pelos melhores policiais e bombeiros dos grupos de elite dos Estados, que passam por um rigoroso treinamento no Batalhão de Pronta Resposta". 

Alexandre de Moraes informou que o Estado de São Paulo cedeu mais mil homens da Polícia Militar para reforçar a segurança da Olimpíada. Mais cedo, a Secretaria Nacional de Segurança Pública havia divulgado que o número de agentes da Força Nacional que atuarão no Rio caiu dos 9,6 mil previstos para 5 mil. Moraes não explicou se esses mil agentes de São Paulo já haviam sido contabilizados ou se a Força Nacional terá, no total, 6 mil policiais durante os jogos. 

"Não comento efetivo de operações. Garanto que temos efetivo suficiente para a realização das funções que nos foram atribuídas: segurança interna, segurança patrimonial e segurança perimetral. Eu acompanhei pessoalmente isso desde que assumi. Pedi ao governador Geraldo Alckmin mais mil homens da PM de São Paulo que chegarão dia 20 para que haja absoluta tranquilidade em relação à Força Nacional", afirmou Moraes. Por causa da crise financeira dos Estados, alguns governadores desistiram de enviar policiais ao Rio.

No projeto inicial, parte dos agentes da Força Nacional faria o controle de acesso dos portais de raio x. Essa função ficará agora a cargo de seguranças terceirizados contratados pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. Foram criados 1,2 mil postos de trabalho, preenchidos em sistema de escala. O contrato foi assinado na sexta-feira passada.

Moraes disse ainda que a crise na segurança pública do Rio não o preocupa. "Todos os problemas que surgiram nos últimos 30 dias foram solucionados, está solucionada com a transferência dos recursos que chegaram ao Estado do Rio. Ontem [segunda] foi pago para todos os policiais metade dos salários de maio. Amanhã serão pagos os salários de junho e as horas extras atrasadas", afirmou o ministro.

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, disse que a mudança no efetivo previsto para a segurança dos Jogos Olímpicos não provocou reação de outros países ou do Comitê Olímpico Internacional. 

"O esquema de segurança montado para os Jogos pelo governo brasileiro foi aprovado pelos experts do COI. Não existe no mundo ninguém que tenha trazido qualquer questão, já que essas informações foram passadas ao mundo inteiro", afirmou.

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