Às 14h deste 17 de abril de 2016, o Brasil tem um encontro com a própria história. Começa, no plenário da Câmara dos Deputados, a votação pela admissibilidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A previsão é que o resultado saia até as 20h.
Para aprovação da admissibilidade, são necessários pelo menos 342 votos. Caso o número seja alcançado, o processo é enviado para o Senado, onde voltará a ser analisado. Os senadores podem arquivar ou julgar o caso.
Ao todo, a bancada pernambucana conta com 25 deputados, majoritariamente alinhados com o afastamento da petista do comando do País (confira gráfico abaixo).
O processo de impedimento de Dilma chegou ao plenário da Câmara após passar por discussão numa comissão especial da Casa. Lá, o relator Jovair Arantes (PDT) recomendou o encaminhamento para o plenário. Foi seguido por 38 integrantes da comissão, contra 27 que queriam o arquivamento.
Nem a oposição nem o governo tem segurança na vitória neste domingo. Mas é certo que a onda pró-impeachment foi ganhando força durante a semana. Um pouco antes, o PMDB, ex-principal aliado do PT, desembarcou do governo. Foi seguido por PSD, PTB e PP, outros partidos importantes da até então base aliada. Mas a situação não ficou parada nos momentos finais.
Dilma conta com o ex-presidente Lula como seu principal articulador para evitar que a oposição alcance os 342 votos necessários. Mas, ainda impedido pelo STF de assumir a Casa Civil e investigado pela Lava Jato, Lula não tem sido tão efetivo assim nas negociações.
Em entrevista a jornalistas na última quarta, a presidente voltou a afirmar que vai lutar "até o último minuto" para se manter no governo e que vai propor uma repactuação se resistir. Mas declarou que, se perder até no Senado, seria carta "fora do baralho".
Por outro lado, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), principal beneficiado em uma eventual queda de Dilma, já negocia as bases de um novo governo. Gravou, inclusive, um discurso para o caso de admissibilidade do processo, que foi vazado na imprensa durante a semana.
O governo tentou de última hora ainda barrar a votação na última sexta-feira, com ações no Supremo Tribunal Federal. Mas o STF decidiu que o andamento não fere a Constituição.
O caso vai se decidir efetivamente dentro do Congresso, mas do lado de fora dele haverá manifestações pró e contra o governo em todo o País. Em Brasília, o gramado em frente aos prédios do Legislativo foi dividido por tapumes para tentar evitar confusões durante o dia.
COBERTURA
JC, Rádio Jornal, TV Jornal e NE10 montaram um grande esquema em Brasília e em Pernambuco. Desde cedo já teremos notícias ao vivo do Distrito Federal e de nossas equipes locais.
Também está no ar um agregador com o conteúdo de todos os sites dos nossos veículos, para você acompanhar em tempo real em um lugar só. Na home do JC, haverá um placar virtual marcando o resultado voto a voto.
Para interagir com a nossa cobertura é só usar a hashtag #votação1704 nas redes sociais. Também disponibilizamos um tuitômetro para medir a opinião da nossa audiência em torno do processo de impeachment. No SJCC você lê, escuta, assiste, curte, compartilha, comenta e constrói a notícia com a gente.