Polêmica

Mendonça: disciplina sobre o 'golpe de 2016' divulga 'teses malucas do PT' na UnB

Ministro da Educação disse que acionará AGU, TCU, CGU e MPF para verificar legalidade da disciplina

Da editoria de Política
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Publicado em 23/02/2018 às 14:02
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Ministro da Educação disse que acionará AGU, TCU, CGU e MPF para verificar legalidade da disciplina - FOTO: Foto: Portal Brasil
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Depois de afirmar, na noite da última quarta-feira (21), que acionaria a Advocacia-Geral da União (AGU), a Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF) para verificar se há alguma ilegalidade na oferta de uma disciplina intitulada "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", na Universidade de Brasília (UnB), o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), defendeu que espaços públicos não sejam utilizados para "divulgar teses malucas do Partido dos Trabalhadores".

"Na área das ciências sociais, você exige o mínimo de conteúdo científico para ministrar uma disciplina. Quando você usa professores, servidores, salas de aula, infraestrutura da universidade para servir a uma disciplina que não tem nenhuma base científica e que está lá para divulgar teses malucas do Partido dos Trabalhadores, você está fazendo o chamado patrimonialismo, o uso de um bem público em benefício de um partido político ou de pessoas específicas, o que é inaceitável. O que eu peço é que esses órgãos de controle avaliem se há o cometimento de alguma ilegalidade, porque ninguém pode se apropriar de um bem público", cravou o democrata.

CRÍTICAS

A respeito das críticas que tem recebido por conta do seu posicionamento, Mendonça disse que não pretende interferir diretamente no caso, mas que acredita que universidades, por serem bens públicos, devem satisfações à população e aos órgãos de controle. "Eu respeito a autonomia da universidade. Como ministro de estado eu tenho a minha autonomia, mas eu não posso usar qualquer espaço no ministério para promover eventos de caráter partidário. Para me beneficiar ou beneficiar grupos ligados a mim, porque do contrário eu estaria cometendo um ato de improbidade administrativa. Então o que eu solicitarei é que se faça essa avaliação. Eu não estou interferindo, de maneira alguma, na autonomia universitária. Universidade é um espaço público e como tal deve satisfações à opinião pública, não pode se transformar num espaço de interesse partidário do PT ou de qualquer partido político", completou.

O ministro ainda contestou o argumento de que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) teria sido, na realidade, um golpe. "O impeachment aconteceu no Brasil dando seguimento a regras estabelecidas na Constituição Federal. O Supremo Tribunal Federal validou e reconheceu a correção de todos os atos praticados, Supremo este que majoritariamente, cerca de 80% dele, é composto por pessoas indicadas pelo ex-presidente Lula e pela ex-presidente Dilma e, portanto, não tem espaço para você, pela pura e simples criatividade ou iniciativa da direção do PT, fazer uma confusão nas universidades", disparou Mendonça.

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