O ex-senador pernambucano Sérgio Guerra, falecido em 2014, é um dos políticos brasileiros cujo nome aparece nos documentos da Mossack Fonseca como dono de uma empresa offshore, segundo o levantamento feito pelo blog de Fernando Rodrigues, do UOL, com base nos documentos do Panama Papers. Segundo a página, parentes ou políticos de sete partidos aparecem na lista: PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB.
Sérgio Guerra teria aberto uma offshore com a esposa, Maria da Conceição, e um dos filhos, Francisco, em março de 1992, quando o pernambucano era deputado federal. A New Deal Corporation teria emitido poderes para os três por meio de um dos escritórios de Miami, nos Estados Unidos.
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Segundo o blog, porém, a companhia foi desativada em 1994 por causa da falta de pagamento das taxas do ano anterior. A correspondência da Mossack Fonseca também registra que os Guerra não voltaram a mostrar interesse em manter a empresa.
A legislação brasileira permite a qualquer cidadão a abertura de empresas em paraísos fiscais, mas cobra que a operação esteja registrada no Imposto de Renda do proprietário. Todo envio de recursos para o exterior também precisa ser comunicado ao Banco Central, dependendo do valor.
O blog de Fernando Rodrigues informa ter procurado a família de Sérgio Guerra por meio da assessoria de imprensa do PSDB nacional. O partido teria afirmado que o político morreu há 2 anos e que não comentaria o caso.
Sérgio Guerra foi deputado estadual, federal e senador por Pernambuco entre os anos de 1983 e 2014, quando faleceu em decorrência de complicações relacionadas a um quadro infeccioso após a descoberta de um câncer de pulmão e uma pneumonia. Economista, o tucano foi presidente nacional do PSDB entre novembro de 2007 e maio de 2013.