RECIFE

Na Câmara, oposição cobra mais diálogo da Prefeitura

Na abertura dos trabalhos legislativos, prefeito e os novos líderes de bancada falaram sobre perspectivas e balanços para o ano

Vinícius Sales
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Vinícius Sales
Publicado em 01/02/2018 às 15:53
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Na abertura dos trabalhos legislativos, prefeito e os novos líderes de bancada falaram sobre perspectivas e balanços para o ano - FOTO: Divulgação/CMR
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Em sessão de abertura da Câmara do Recife, nesta quinta-feira (1º), a bancada de oposição, agora representada pelo vereador Rinaldo Júnior (PRB), cobrou maior diálogo do poder Executivo com a Casa. “Apesar do prefeito dizer que o diálogo com as instituições e que a participação popular seria importante, ele destoa da prática do que está escrito em discurso. Ele sai da sessão solene e não aguarda o discurso da oposição e também não escuta o governo.”

Apesar de contar com apenas cinco vereadores, Marília Arraes (PT) afirmou que o bloco de oposição pode aumentar por conta das disputas estaduais. "Nós sempre vemos o rolo compressor passando nas decisões. A partir do momento que se aumenta a bancada, independentemente das colorações partidárias, empenha o debate sem dúvida nenhuma".

No contradito, o novo líder do governo, Eriberto Rafael (PTC), defendeu sempre haver diálogo entre os dois poderes. "Desde o início do nosso mandato, prezamos nossas ações pelo diálogo com a população, com o poder público e com os colegas da Câmara, pois aprendi que assim é feita a política. É nesta perspectiva que continuaremos nosso trabalho este ano, agora assumindo também o desafio da liderança do governo." Eriberto irá dividir a liderança da bancada com os vereadores Aerto Luna (PRP) e Hélio da Guabiraba (PRTB).

Prefeitura

A solenidade também contou com a presença do prefeito Geraldo Julio (PSB). Da tribuna, o chefe do Executivo fez um balanço da gestão municipal e aproveitou para alfinetar o governo federal. "E é o povo nordestino quem paga a conta mais alta desta crise: desemprego duradouro, aumentos castigantes nas despesas básicas, como botijão de gás, combustível e conta de energia, e redução de financiamento de políticas públicas pelo governo federal, são exemplos do que o povo pobre do Nordeste vem enfrentando".

Com o pleito eleitoral se aproximando e vereadores da base indo para disputa, a representação do governo na Câmara pode ser afetada. Discordando, Geraldo afirma que a bancada está "coesa" e que irá manter os trabalhos. "A agenda eleitoral é uma outra agenda. Ela será tratada no período eleitoral, mas todo o foco é para a gestão administrativa."

Câmara do Recife

Questionado se o pleito atrapalharia as atividades da Casa, o vereador Eduardo Marques (PSB), presidente do Legislativo municipal, afirmou que "os vereadores que irão se candidatar sabem das suas responsabilidades". "A Câmara não vai parar por causa disso", complementou Eduardo.

O presidente também respondeu aos questionamentos sobre a requisição de informações do Ministério Público de Contas (MPCO) acerca do projeto de lei aprovado no ano passado, que cria cargos comissionados e gratificações aos servidores públicos do órgão. O caso gerou polêmica por estender as gratificações às aposentadorias. "O que nós fizemos foi uma política de valorizar os funcionários da Casa. De forma que pegamos algumas ratificações que tínhamos aqui e demos aos funcionários que estão aqui a bastante tempo. Nós não aumentamos o custo e nem beneficiamos os gabinetes de vereadores."

Dentre as novidades para o ano legislativo está a instalação da Comissão de Defesa da Mulher. Ela será composta pela vereadoras Aline Mariano (PMDB), Aimée Carvalho (PSB) e Ana Lúcia (PRB). Tendo como suplentes as vereadoras Natalia de Menudo (PSB) e Michele Colins (PP).

As sessões legislativas ocorrerão de segunda à quarta, a partir das 15h.

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