EXÉRCITO

Comandante do Exército cumpre agenda no Recife

General do Exército Edson Pujol esteve com o governador Paulo Câmara e também participou de solenidade no Comando Militar do Nordeste

JC Online
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Publicado em 17/10/2019 às 15:40
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General do Exército Edson Pujol esteve com o governador Paulo Câmara e também participou de solenidade no Comando Militar do Nordeste - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O Comandante do Exército, general  Edson Leal Pujol, visitou pela primeira vez desde que assumiu o cargo em janeiro, o Comando Militar do Nordeste (CMNE). O general, que cumpre uma série de atividades no Recife, iniciou sua agenda com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, onde considerou o encontro como uma “visita institucional”. "Foi uma visita de cortesia. O Exército brasileiro tem participação em todo o território nacional, então, quando visito os comandos militares de áreas, costumo fazer essa visita também aos governantes”, declarou. O governador de Pernambuco não falou com a imprensa após a reunião, que ocorreu de portas fechadas. 

Em seguida, o general Edson Pujol participou de uma solenidade no Forte Guararapes, no Quartel-General do CMNE,  localizado na BR-232, Km 07, Complexo Militar do Curado, com a presença de tropas e representantes das Guarnições do Exército, sob a responsabilidade do Comando Militar do Nordeste. “É extremamente importante estar presente em todos os lugares onde o Exército se encontra. O CMNE é um local que abrange oito estados da nossa federação. Então a presença do Exército aqui, principalmente por históricamente ter nascido aqui na nossa Batalha dos Guararapes, é fundamental para o Comandante poder acompanhar as atividades e também se fazer presente para transmitir diretrizes e orientações”, declarou Pujol. 

Apesar de destacar a importância das ações do Exército em diversas regiões no País, a exemplo das operações pipa e apoio em obras de infraestrutura no Nordeste, há diversas dificuldades no quadro orçamentário - que neste ano sofreu um contingenciamento de 28% previsto para despesas discricionárias, afetando programas estratégicos. A cobrança por mais recursos por parte do Governo Federal, tem sido pontuada pelo Comandante do Exército desde que assumiu o cargo. Sobre essa questão, ele explicou que as conversas com o Executivo têm sido feitas de forma franca. “A prática do contingenciamento tem sido realizada há muitos anos. Ocorreu no governo de Dilma Rousseff, de Michel Temer, e desde que tenho tido participação da área administrativa da nossa instituição isso tem sido realizado. Neste corrente ano o Brasil vem de um período crítico na nossa economia orçamentária. Então há um esforço muito grande, da equipe econômica de tentar organizar a administração federal”, declarou.  “Houve um contingenciamento muito forte no primeiro semestre, que se estendeu até o início do segundo semestre. Mas, nós tivemos essa semana o descontingenciamento, e isso é resultado do fluxo de caixa que se tornou favorável. Nós estamos recebendo, todos os recursos previstos em nosso orçamento para este ano, e há uma estimativa, não só para o Ministério da Defesa, mas para outras áreas, de que haverá também uma suplementação para estes orçamentos”, anunciou. 

Em complemento às atividades no Quartel-General, o Comandante do Exército também visitou as Organizações Militares no Complexo do Curado e o Parque Histórico Nacional dos Guararapes.

PREVIDÊNCIA

Questionado sobre as críticas que a proposta da reforma da Previdência dos militares -  que teve votação adiada na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (16) -,  poderia aumentar a desigualdade entre os militares de patentes baixas e altas na carreira, o Comandante do Exército Edson Pujol acredita que há desinformação em alguns pontos da matérias. “Existe uma interpretação distorcida da realidade. O que existe são vários níveis de postos de graduações nas Forças Armadas. Então, o pessoal toma como base a comparação da entrada na profissão,  com os que estão terminando a profissão com 30,35 anos de serviço. Não posso comparar o salário e faixa remuneratória de quem não tem curso de especialização e de extensão, com alguém que já passou por toda essa formação”, afirmou. 

O Governo Federal sugeriu regras para a reestruturação das carreiras no Exército, na Marinha e Aeronáutica. No entanto, parlamentares discordam sobre o reajuste salarial previsto até 2023, por meio de adicionais sobre soldos diferenciados conforme posto e graduação militar. A projeção inicial do Executivo é que a reforma da Previdência dos militares tenha como um impacto fiscal líquido uma economia  de R$ 10,45 bilhões em dez anos.

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