Existem atividades que não podem ser interrompidas por causa do coronavírus. Uma das principais é a atividade legislativa. Várias medidas apresentadas pelo ministro da Economia Paulo Guedes, por exemplo, dentro do pacote de R$ 150 bilhões apresentado, deverão ser aprovadas pelo Congresso Nacional para terem efetividade.
Como as votações poderão ocorrer, é algo que apenas se especula, mas é difícil prever como funcionarão votações feitas de forma remota.
Os deputados e senadores vão votar por meio de um aplicativo? Esses votos poderão ter a validade questionada no STF depois?
A crise vai obrigar os poderes a se adaptar com uma velocidade grande demais para algo que já deveria estar sendo bem pensado. E não estava.
Não é lógico querer que 513 deputados, 81 senadores e todos os seus gabinetes completos trabalhem juntos num momento como esse.
Como cada um representa regiões diferentes, o prédio do Congresso seria um dos maiores pontos de disseminação do coronavírus no Brasil, com passagens pagas pelos cofres públicos, ainda por cima.
Mas não havia plano e é preciso que se pense como será nos próximos meses.
Não são apenas as medidas relativas ao corona. E o resto? O País vai funcionar como? Qual o plano?
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