Em fevereiro, quando acontecer a votação para a presidência da Câmara Federal, é bom ficar de olho nos votos de Arthur Lira (PP), o candidato de Bolsonaro, para tentar entender quantos deputados da esquerda votaram nele.
O voto é secreto, mas não precisa ser um Sherlock Holmes para deduzir de onde sairão os votos, caso ele seja eleito para a cadeira de Maia.
Maia fechou acordo com PT, PSB e PCdoB. Ao todo, garantiu acordo com 11 partidos, o que daria cerca de 280 votos. Lira tem um bloco de nove siglas e cerca de 200 deputados. Já que os parlamentares não precisam prestar contas de quem estão escolhendo, muitas traições são esperadas.
Mas, como deputados do PT e do PSB já andaram se aproximando do candidato bolsonarista e reclamaram quando as cúpulas dos partidos fecharam questão, se o bloco de Maia perder muitos votos, é bem provável que tenha relação com isso.
No PSB, inclusive, a ala que mais estava animada para votar no candidato de Bolsonaro era a de Pernambuco.
João Campos (PSB), que nem vai votar, porque assume a prefeitura em janeiro, era um dos mais entusiasmados.
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