Menos de 24h após Lula ser liberado para disputar eleição, PSB começa a falar em aliança com petistas
Todo o discurso de independência dos socialistas, de formar uma frente de esquerda sem os petistas e dar uma guinada para o centro buscando o que o país precisa para se desenvolver, foi guardado no armário.
O pragmatismo do PSB, principalmente em Pernambuco, já está saudando o pragmatismo de Lula (PT).
Menos de 24h após o ex-presidente ter sido liberado para ser candidato em 2022, todo o discurso de independência dos socialistas, de formar uma frente de esquerda sem os petistas e dar uma guinada para o centro buscando o que o país precisa para se desenvolver, foi guardado no armário.
Em poucas horas, todos os maiores nomes do PSB se declararam favoráveis ao que aconteceu e membros do partido já falam na possibilidade de aliança com Lula em 2022.
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É pragmático, porque garante uma força imensa para Geraldo Julio (PSB) numa candidatura ao governo local. E "o restante do Brasil que espere", como foi em 2018.
Para Lula, o apoio nacional do PSB acabaria com Ciro Gomes (PDT), isolando o pré-candidato cearense, do mesmo jeito que aconteceu em 2018, quando Bolsonaro venceu a eleição.
O apoio de Lula, para Geraldo Julio, seria imenso, já que a figura do petista ainda é idolatrada no interior do estado. O mesmo interior que não conhece o socialista e só ouviu falar dele como prefeito da capital que saiu mal avaliado, nada mais.
Por outro lado, o apoio nacional do PSB ao PT, além de isolar Ciro, arrasta o PCdoB junto. O partido da vice-governadora de PE, Luciana Santos, negocia uma fusão com os socialistas. E mesmo que a fusão não aconteça, os comunistas não teriam condições de sobreviver sem PT e PSB ajudando.
Uma parte do PSB é contra a aproximação com Lula, mas quem manda é Pernambuco.
Alguém pode achar que será difícil de fazer essa aproximação depois do tanto que a campanha de João Campos (PSB) atacou a corrupção do PT, em 2020 na eleição do Recife.
Mas, quem espera alguma coerência em política deve morar na Suíça