Cena Política

Luciana Santos deve se tornar primeira governadora de Pernambuco, na República. Sim, houve outras duas

Pernambuco já teve governadoras, numa época em que não se definia as responsabilidades de gestão pela política, mas pela descendência familiar.

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Igor Maciel

Publicado em 16/04/2021 às 11:43 | Atualizado em 16/04/2021 às 11:46
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Se Paulo Câmara (PSB) for mesmo candidato a deputado Federal, como se encaminha, terá que deixar o governo até abril de 2022. Com isso, ao menos por nove meses, a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB), assume o cargo de governadora e terá seu nome inscrito na lista de gestores do Estado.

Se for assim, será a primeira mulher governando esse território em mais de três séculos. 

Sim, porque já houve outras, antes.

Pernambuco já teve duas governadoras, mas era uma outra época, quando o componente de poder familiar vinculado à "propriedade" da terra era o que determinava governantes. A primeira governadora de Pernambuco, e também a primeira das Américas foi Brites de Albuquerque. Ela era esposa do primeiro donatário na Colônia, Duarte Coelho, e governou como regente em três ocasiões, pela ausência do marido ou por causa da menoridade do filho. Ao todo, ficou no poder por um pouco mais de dez anos, até 1575.

A segunda governadora de Pernambuco foi Maria Margarida de Castro e Albuquerque, herdeira da capitania por ser descendente de Duarte Coelho e Brites de Albuquerque. Ela governou a região de 1658 até 1689.

Na lista de governantes de Pernambuco, portanto, caso se confirme a saída de Paulo Câmara (PSB) para disputar uma vaga de deputado Federal, o nome de uma mulher estará presente depois de 333 anos de História.

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