Cena Política

Diretor afirma que Butantan ofereceu 100 milhões de doses em outubro de 2020 e negociação foi interrompida com declaração de Bolsonaro

A declaração é importante, porque confirma que, além da Pfizer, que passou meses sem ter resposta sobre o interesse brasileiro nas vacinas em 2020, algo parecido aconteceu com a Coronavac.

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Igor Maciel

Publicado em 27/05/2021 às 10:27 | Atualizado em 27/05/2021 às 11:03
Análise
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Em depoimento à CPI da Covid, o diretor do Butantan, Dimas Covas, trouxe uma informação nova sobre a negociação das vacinas com o governo Bolsonaro.

Segundo ele, o instituto ofereceu 100 milhões de doses em outubro de 2020. Ao menos 45 milhões teriam sido entregues até dezembro de 2020 e o restante até maio deste ano.

O contrato estava, segundo ele, acertado com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Ele confirma que as negociações foram interrompidas assim que o presidente Bolsonaro declarou, no Twitter, em outubro daquele ano, que não compraria a "vacina da China".

“A (vacina) da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população. Esse é o pensamento nosso. Tenho certeza que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar anos”, justificou na época.

A declaração de Dimas Covas é importante, porque confirma que, além da Pfizer, que passou meses sem ter resposta sobre o interesse brasileiro nas vacinas em 2020, algo parecido aconteceu com a Coronavac.

Ele ainda disse que burocracia do governo brasileiro também atrapalhou importação de insumos para a produção de vacinas. Dimas Covas está falando na manhã desta quinta-feira (27) à CPI.

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