Cena Política
Governadores congelarem o ICMS é a prova de que influenciam, sim, no preço dos combustíveis
Nos últimos meses, enquanto o combustível ficava cada vez mais caro, governadores iam às redes sociais dizer que "não tinham nada com aquilo". Podem não ser os principais culpados, mas isentos não são.
Cadastrado por
Igor Maciel
Publicado em 29/10/2021 às 13:04
| Atualizado em 29/10/2021 às 13:05
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Os governadores resolveram congelar o ICMS sobre os combustíveis a partir de 1º de novembro.
A medida é muito bem vinda, digna de méritos.
Mas é curioso porque, nos últimos meses, os governadores se esforçaram bravamente para negar que tivessem qualquer responsabilidade com o aumento dos combustíveis.
O argumento era, exatamente, que o ICMS era fixo e não tinha variação.
Sabe-se que, mesmo teoricamente fixo, havia uma variação na base de cálculo. Na ânsia de dizer que nada tinham a ver com os aumentos, na briga para se colocar como contraponto a Bolsonaro, esqueceram de explicar esse detalhe.
No início de setembro, a gasolina subiu R$ 0,08 por causa desse "ajuste" na base de cálculo em Pernambuco. É pouco diante do tanto que o combustível subiu nos últimos meses.
É lógico que qualquer pessoa minimamente despida de julgamento ideológico entende que a maior responsável pelos aumentos é a Petrobras e o descontrole fiscal do governo Federal que faz o dólar disparar.
Sim, a responsabilidade maior é de Bolsonaro, mas não é somente dele.
Curioso também é que a ideia de congelar a base de cálculo venha após um aumento. Fica parecendo que primeiro aumentou pra congelar, depois, num valor mais alto.
Aproveita-se a retórica para a política, sem perder muito dinheiro.
Os governadores terem resolvido fazer algo, ao invés de só ficarem nas redes reclamando, é digno de elogios, muitos.
Mas, faz pensar bastante.