Cena Política

Geraldo Julio é "o salvador". Estão fingindo guerra no PSB para depois anunciar o ex-prefeito do Recife como pacificador?

O PSB vai ficando cada vez mais parecido com o PT

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Igor Maciel

Publicado em 12/11/2021 às 11:17 | Atualizado em 12/11/2021 às 11:26
Análise
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Às vezes se provoca a guerra para vender a paz. Faz-se para vender armas disfarçadas de ferramentas necessárias. Faz-se para vencer disputas internas em partidos políticos ou para vencer eleições.

O maranhense Humberto de Campos, jornalista, escritor e imortal da ABL, escreveu nos anos 1930 um texto genial sobre a falta de cadáveres para serem usados nos estudos de medicina em uma universidade do Rio de Janeiro.

Após ler a notícia e ter adormecido diz ele que sonhou com o reitor lhe contando como resolveria o problema: "provocando valentões nos bares para que brigassem entre si com facas". Melhor jeito de produzir o "material para estudo".

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Há um grupo, dentro do PSB, que trabalha para fazer transparecer um ambiente de guerra interna no partido, como se todos estivessem se digladiando pela vaga de candidato a governador.

Como se ninguém se entendesse enquanto vivem de suas ambições.

Essas informações chegam aos ouvidos da imprensa como "bastidor", tentando construir a ideia de que existe uma verdadeira batalha pelo poder e como se o PSB estivesse se esfacelando no meio disso.

Em comum, todos esses interlocutores arranjam uma maneira de citar Geraldo Julio (PSB) como o "único que pode unir o partido".

Nessa toada, já colocaram o secretário da Casa Civil, Zé Neto, o de Saúde, André Longo, a de infraestrutura, Fernandha Batista, e o da Fazenda, Décio Padilha.

Soa forçado e parece combinado.

É difícil dizer se o também secretário e ex-prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), que já repetiu diversas vezes não ter interesse em disputar o governo em 2022, está por trás da articulação para construir uma narrativa ou se são os mais próximos dele tentando convencê-lo.

É difícil dizer até que ponto há mesmo uma disputa dentro do governo pela vaga principal da chapa da Frente Popular.

Mas é curioso porque é a mesma estratégia que o PT costuma utilizar, criando grandes "disputas internas" antes de lançar um "pacificador".

Coisa bem batida, por sinal.

É diferente de Eduardo Campos, que prometia a vaga de candidato a todo mundo para manter fidelidades antes de surpreender a todos com um nome que ninguém imaginava.

O PSB está cada vez mais parecido com o PT.

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