Cena Política

Anderson confirma candidatura após o Carnaval. Raquel Lyra vai esperar e os dois lados dizem que Miguel vai desistir. Ele nega

Por causa disso, sem que ninguém saia da pista, cresce a possibilidade de irem três candidaturas na oposição contra o PSB em Pernambuco.

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Igor Maciel

Publicado em 23/02/2022 às 15:17 | Atualizado em 23/02/2022 às 20:14
Análise
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Ainda existe muita dúvida na oposição sobre irem duas ou três candidaturas principais no campo. Ao longo do último ano, as composições variaram muito, já houve quem apostasse em três palanques e quem dissesse "com toda certeza" que seria uma chapa apenas, composta por Raquel Lyra (PSDB), Anderson Ferreira (PL) e Miguel Coelho (UB) juntos.

Ao longo dos meses, em conversas de bastidor, por mais que se buscasse aparentar sintonia, sempre havia alguém comentando que o colega "ia desistir". Mesmo agora, com o adiantado da hora, esse é o atual movimento.

Quando se conversa com pessoas no grupo de Raquel Lyra, ouve-se que Anderson será candidato de Bolsonaro e que Miguel vai desistir.

Se a conversa for com alguém ligado a Anderson, a conversa é a mesma: "Miguel não é candidato".

No grupo de Miguel, a "certeza" é de que "Raquel não será candidata" e que ele é tão candidato que já estaria até contratando equipe para a campanha.

De fato, a coluna tomou conhecimento de um jornalista que teria sido convidado para trabalhar com o prefeito de Petrolina no período eleitoral.

Dentro do partido dele, o União Brasil, apesar dos problemas recentes envolvendo Luciano Bivar (UB), a situação estaria resolvida e o apoio do Podemos já foi até anunciado.

Um tenta empurrar o outro pra fora da pista.

Ninguém quer sair.

- Miguel confirma que será candidato a governador e deixa prefeitura em 30 de março

O que é certo

Anderson Ferreira, isso está resolvido, confirma a própria candidatura após o Carnaval e vai levantar a bandeira de Bolsonaro.

A informação é que ele foi pressionado: ou abria palanque pra Bolsonaro ou saía do partido. Independente de qualquer coisa, ele fez as contas. Acredita que consegue cerca de 10% com o voto evangélico e vai apostar na polarização nacional para, aproveitando Bolsonaro, ir ao 2° turno local.

Tudo tem hora

Raquel deve ser candidata, mas não quer assumir oficialmente enquanto houver prazo.

Por não estar ancorada num projeto nacional forte, o principal trunfo dela é liderar as pesquisas locais.

A liderança ajuda a atrair apoios de prefeitos nesse início de caminhada.

Se ela lançar candidatura vira alvo e começar a ser atacada, pode perder intenções de voto e atrapalhar a busca por apoio.

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