Cena Política

Marília e Raquel: a união de duas mulheres obrigadas a sair do partido em que estavam por imposição de homens. Narrativa eleitoral é forte

Ambas foram obrigadas a sair do PSB no passado porque queriam ser candidatas e foram impedidas pelos governadores da vez.

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Igor Maciel

Publicado em 17/03/2022 às 14:24 | Atualizado em 17/03/2022 às 17:26
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A união de Marília Arraes com Raquel Lyra pode gerar um argumento de campanha forte para a disputa. Seria uma chapa de "mulheres que não tiveram espaço no PSB". (O texto segue após o vídeo)

Para relembrar, Raquel Lyra queria ser candidata à prefeitura de Caruaru em 2016 e o PSB negou a legenda. Ela precisou ir para o PSDB. Terminou eleita e reeleita.

Marília Arraes foi perseguida internamente por Eduardo Campos no PSB, perdeu espaços, e acabou obrigada a sair para o PT. Entre os petistas, apesar de sempre figurar nas primeiras colocações em pesquisas, teve Humberto Costa como adversário interno e agora vai sair também.

Falar sobre machismo caberá na narrativa.

O fato de o candidato socialista ser um homem vai ajudar bastante nessa construção da oposição.

Além delas, existe a possibilidade de Priscila Krause completar a composição, como vice.

No caso de Priscila não seria um caso de injustiça ou expulsão no antigo DEM, mas se poderá explorar a falta de espaço dela num partido comandado por homens e no qual as decisões foram todas tomadas por homens. Priscila saiu do DEM quando o presidente nacional, ACM Neto, decidiu formar o União Brasil com o PSL, comandado na época por Luciano Bivar.

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