Cena Política

Conversa de Miguel Coelho com Marília Arraes está evoluindo melhor do que com Raquel Lyra

Não é que um entendimento com Raquel esteja mais distante, o problema é que, por não ser objetiva em dizer o que pretende e negociar alguma proposta para unificar palanques, a aproximação fica mais difícil.

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Igor Maciel

Publicado em 30/03/2022 às 14:54
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As conversas para afunilar os palanques da oposição seguem acontecendo. Em Petrolina, onde Miguel Coelho (UB) deixa a prefeitura nesta quarta (30) para ser candidato a governador o comentário é que ele tem mantido diálogo com Raquel Lyra (PSDB) e com Marília Arraes (SD).

Mais com uma do que com a outra. Comentário de um membro da equipe de Miguel: "a conversa tem sido mais fácil com Marília".

Não é que um entendimento com Raquel esteja mais distante, o problema é que, por não ser objetiva em dizer o que pretende e negociar alguma proposta para unificar palanques, a aproximação fica mais difícil.

Vale lembrar que a tucana quase foi a última admitir que seria candidata, mesmo quando todos já sabiam.

Foi a penúltima porque, percebendo que Marília iria para uma reunião com Lula (PT) dizer que seria candidata ao governo, resolveu se adiantar.

Por causa dessa falta de objetividade mais explícita, qualquer conversa com Raquel, antes, acabava com "mas eu ainda não confirmei candidatura". E o processo era interrompido.

Recentemente, ela tem feito incursões no sentido de que Miguel indique um nome para a vice dela ou para o Senado. E só.

Já Marília Arraes iniciou, mesmo antes de sair do PT, um diálogo mais franco. "Ela coloca o que quer, de verdade, ele também coloca e a discussão acontece com mais clareza", explica uma fonte no União Brasil.

Em entrevista ao vivo à TV Jornal, Miguel afirmou que não está certo que serão quatro palanques, "podem ser três, podem ser dois", disse.

Ao que parece, depende do quanto o grupo todo puder se unir em torno de uma estratégia e não de objetivos pessoais.

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