A cidade do Recife amanheceu nesta quinta (23) sob nova operação da Policia Federal no âmbito de investigação de corrupção na prefeitura da cidade para a compra de materiais de combate ao Covid-19. É a única capital onde já houve três operações da PF contra superfaturamento e dispensa de licitação, mas os vereadores da cidade, obedientes ao prefeito Geraldo Júlio (PSB) não querem nem ouvir falar em criar CPI.
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Quase-preso
A PF está convencida da corrupção, até pediu a prisão do secretário municipal de Saúde, mas Jailson Correia teve sorte: o juiz negou.
Sem opção
A prefeitura tem alegado que os valores pagos pelos materiais contra Covid-19 eram os praticados no mercado, sem opção de preço menor.
Oportunistas
Os investigadores acham que, apesar da emergência da Covid-19, os gestores se aproveitaram das facilidades da dispensa de licitação.
Genéricos de José Serra
Alem de investigar as relações entre o atual senador José Serra (PSDB-SP) e José Seripieri Júnior, fundador da Qualicorp, empresa vendedora de planos de saúde coletivos, procuradores de São Paulo rastreiam também outro importante “braço apoiador” do ex-ministro da Saúde do governo FHC: a indústria farmacêutica de medicamentos genéricos. É o que falta para completar o “quebra-cabeças” do caso.
Tido como bom ministro da Saúde, Serra instituiu no Pais remédios genéricos, mais baratos, inclusive com a quebra de patentes. Com os genéricos, a cidade de Anápolis (GO) se tornou o maior pólo do País da indústria farmacêutica. Essa turma é muito “grata” a Serra.Uma linha de investigação tenta estabelecer vínculo entre o poder do PSDB e doações “não contabilizadas” de indústrias farmacêuticas.
Escondendo
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse ontem à Rádio Bandeirantes que apenas está “em estudos” o cartório que burocratiza a receita médica eletrônica. Mas ele escondeu jogo: está tudo decidido.
Burocracia
Segundo a minuta da resolução da Anvisa, o médico terá de obter certificação para prescrever remédios eletronicamente e a farmácia terá de fazer o mesmo para vender o remédio. O doente que se vire.
Equívoco
O procurador Marcelo Monteiro, crítico da liminar do STF que proíbe a polícia de atuar nas favelas, repetiu o irônico desafio dos cariocas: que tal liminar do ministro Fachin proibindo traficantes de vender drogas?
Sóstenes
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) saiu ontem da consulta e foi logo espalhando a boa nova: está curado de covid-19. E disse que retornará em um mês para checar se a doença deixou seqüelas.
Soberba
Rodrigo Maia está tão habituado a comandar a pauta da Câmara que já avisou: “ninguém vai votar nada no segundo semestre de 2021”. Esqueceu que ele não será mais o presidente da Casa.
Frase
"Essa liminar é um absurdo do ponto de vista legal", procurador do MP fluminense Marcelo Monteiro, sobre a liminar que impede operações da polícia em favelas do Rio
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