Opinião

Isto é música para os meus ouvidos, diz Bittar sobre reforma do Estado e extinção de órgãos da Justiça

Leia a opinião de Cláudio Humberto

JC
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Publicado em 25/08/2020 às 7:10 | Atualizado em 25/08/2020 às 7:10
AGÊNCIA SENADO
Senador Márcio Bittar (MDB-AC) cancelou R$ 26,46 bilhões em despesas do seu parecer - FOTO: AGÊNCIA SENADO

Extinção de órgãos

O relator do Orçamento da União de 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), afirmou ontem que considera
“o tamanho do Estado brasileiro um absurdo” e que está disposto a ajudar o ministro Paulo Guedes
(Economia) e o governo Jair Bolsonaro no esforço de reduzir esse custo. Indagado sobre reforma do Estado
pra valer, com extinção de órgãos até da Justiça, Bittar admitiu: “Isto é música para os meus ouvidos”.

Bittar aprendeu com o pai, gerindo os negócios da família, a importância do trabalho e o valor do dinheiro
desperdiçado no setor público. Ele está confiante na aprovação do “gatilho” na Constituição que protege o
teto de gastos e permitir reduzir carga horária e salários de servidores. Outro teto que preocupa o senador é
aquele que limita os vencimentos de servidores. “Essa é uma lei que simplesmente não funciona no País”.
Bittar não se conforma com a tentativa de derrubar o veto presidencial, que levou Paulo Guedes, a quem
admira, chamar isso de “crime”.

Cota e verba para negros

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará nesta terça (25) a “análise de consulta” em que seus ministros
assumirão o papel de “legisladores”. O TSE discutirá sua nova “lei”, destinando a candidatos negros “reserva
de vagas e cotas” do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, o Fundão Eleitoral. O autor, ministro
Luís Roberto Barroso, que nunca foi filiado, desconhece que é a participação no partido que gera
candidatura, não a cota. E é o Congresso que deve deliberar sobre isso, não o TSE. No caso das mulheres, a
reserva não estimulou maior participação feminina. Estimulou apenas muitas fraudes, como na eleição de
2018. A “lei” demagógica obriga o partido a “caçar” candidatos que ocupem cotas e vagas para participar da
eleição. Aí nascem os “laranjas”. Com sua “lei”, o TSE vai criar um problemão para partidos de municípios
do Sul, por exemplo, de população inteiramente branca. Serão extintos?

Hipocrisia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse em 27 de julho que liberdade “não é ilimitada”. Ontem, mudou
de ideia por completo: liberdade é “um valor inegociável”, disse. A diferença? Um caso tratava de
bolsonaristas, o outro, de antibolsonaristas.

Confiança

O ex-ministro Delfim Netto disse ontem que não conhece o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da
“super PEC”, mas recebeu ótimas informações. “O Senado precisa se recuperar”, afirmou, ainda impactado
com a molecagem de 42 senadores, dias atrás no episódio do veto.

Assassino

O terrorista italiano Cesare Battisti deixou com a cara no chão políticos, partidos e juristas de meia pataca
que defenderam seu “asilo político”. De volta ao xilindró, o bandidão canalha logo confessou seus crimes

A terrível


A deputada Flordelis foi indiciada por arquitetar a morte do marido, Anderson do Carmo. Vista por muitos
como “terrivelmente evangélica”, os relatos dos investigadores revelam ser apenas uma terrível assassina.

Casta

O presidente Jair Bolsonaro prorrogou a permissão para reduzir jornada e salário. A medida vale apenas na
iniciativa privada, servidor público está em outro nível e, segundo o STF, não pode contribuir com o país.

De volta

Preso, humilhado e retido no Paraguai, cuja Justiça retaliava o Brasil pela ordem de prisão do ex-presidente
Horácio Cartes, fabricante do cigarro ilegal vendido no mercado brasileiro, Ronaldinho Gaúcho finalmente
foi libertado sem pagar resgate.

Frase

'Acredito muito. Eu sou um grande otimista”, Romeu Zema, governador de Minas, sobre a concretização das
reformas prometidas.

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