Opinião

Próximo ao fim de seu mandato na presidência da Câmara, Maia expõe estratégia para paralisar governo Bolsonaro

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Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 02/10/2020 às 8:23 | Atualizado em 02/10/2020 às 8:23
BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) - FOTO: BRENDA ALCÂNTARA/JC IMAGEM

Tentou parar governo

A proximidade do fim do mandato de presidente da Câmara deixou Rodrigo Maia (DEM-RJ) mais nervoso que o normal e acabou expondo sua estratégia para tentar paralisar o governo. A ideia de não instalar as comissões temáticas, usando a pandemia como justificativa, tinha como objetivo inviabilizar a agenda de privatizações, atrapalhar a tramitação das reformas e colocar a culpa no ministro Paulo Guedes (Economia). Maia começou a deixar escapar a estratégia quando decidiu chamar Paulo Guedes de "ex-liberal" por não dar seguimento às privatizações. A manobra foi escancarada quando Maia questionou no STF a venda de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso. Foi derrotado ontem. A agenda de privatizações conta com pelo menos 20 estatais a serem vendidas incluindo Eletrobras, Correios, Telebras, Serpro, Dataprev... Os que caíram na armadilha de Maia dizem que o governo só enviou um projeto de privatização. Sem instalar comissões, o envio seria inútil.

Aprovação supera pró-reeleição

Os eleitores têm razões que a própria razão desconhece. Levantamento do Paraná Pesquisas desta quinta (1º) atesta que a avaliação positiva dos atuais prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é bem maior que suas intenções de voto. Em São Paulo, Bruno Covas (PSDB), na foto, tem a gestão bem avaliada por 31,8% dos paulistanos, que a consideram ótima (5,8%) ou boa, mas só 21,5% dos 'votos'. No Rio, 24,8% aprovam a gestão de Marcelo Crivella (Rep), mas só 13,6% o admitem reeleito. Em Belo Horizonte, a gestão do prefeito Alexandre Kalil é aprovada por 73,5% dos eleitores, mas a intenção de votos se limita a 56,5%. O Paraná Pesquisa verificou também que o presidente Jair Bolsonaro influenciará mais a vontade do eleitor que os respectivos governadores. Os levantamentos do Paraná Pesquisa foram registrados na Justiça Eleitoral sob números SP-06440/20, RJ-08624/20 e MG-06842/20.

 

Maionese 

A deputada Erika Kokay (DF) foi às redes sociais materializar a fantasia de opositores de que até o aquecimento global é culpa do presidente. Para a petista, os 43 graus de quinta-feira "é o apocalipse do Bolsonaro".

Melhora 

O Ipea, uma das fontes prediletas dos "profetas" do desmatamento da floresta amazônica, reviu ontem a previsão de queda do PIB brasileiro de 6% para 5%. Metade da previsão catastrófica de 10% do início da crise.

Bahia 

Segundo o governo da Bahia, a Lei Aldir Blanc obriga peças culturais financiadas com verba pública a fazer publicidade do governo como "comprovação da aplicação do recurso". E diz que pessoas beneficiadas com o auxílio emergencial da Cultura não precisam fazer a propaganda.

Na canela 

Carteiros advertem em condomínios residenciais de Brasília que agora "encomendas pequenas" serão deixadas na portaria, apesar dos 15 reais que os Correios tomam dos clientes para entregá-las em casa. Já a concorrência privada continua tratando bem a clientela que a sustenta.

Quitar 

Afif Domingos, do Ministério da Economia, elogiou a dedicação da Procuradoria da Fazenda Nacional no novo programa renegociação de dívidas tributárias, que vai tratar "com mais carinho" os endividados.

Falou 

Arthur do Val, o "Mamãe Falei", entrou na política com o MBL e foi eleito deputado há dois anos. Candidato a prefeito de São Paulo, já empatou com Jilmar Tato (PT) e tem o dobro de Joice Hasselman (PSL).

Frase 

Tratar os desiguais desigualmente, de acordo com a desigualdade", Afif Domingos elogia as diferentes formas de negociação do novo programa do governo de renegociação de dívidas

 

 

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