Diretor sai sem agir
O presidente demissionário da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, que cobra "envolvimento" do presidente Jair Bolsonaro nas privatizações, não se esforçou para isso. O Planalto acha que ele dificultou o quanto pôde o processo de privatização da estatal. Não fez o básico: separar o que é considerado "intocável" pela Constituição, como Itaipu e Eletronuclear. Nem vendeu as mais de cem sociedades de propósito específico (SPEs) penduradas na Eletrobrás. Nem precisava convocar assembleia geral. "Ele nunca moveu um dedo pela privatização", diz um ministro que apelidou Junior com o nome do célebre personagem de Agildo Ribeiro. O Congresso precisa autorizar a venda de estatal criada por lei, mas é um processo que exige medidas preparatórias que a holding não adotou. Para a própria privatização, a Eletrobrás não fez nem o básico: contratar auditorias externas e escritórios de advocacia, inclusive no exterior. Júnior foi indicado ao cargo, no governo Temer, pelo senador José Serra (PSDB-SP), que nunca foi paladino do liberalismo, nem de privatizações.
Brasileiros atribuem a laboratório
Levantamento nacional exclusivo do Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder e esta coluna revela que a maioria dos entrevistados (28,7%) atribui o início da vacinação no País ao laboratório chinês Sinovac, que desenvolveu a vacina CoronaVac, e não aos políticos que tentam "faturar" perante a opinião pública. O governador João Doria (24,9%) e o presidente Jair Bolsonaro (24,5%) empatam na disputa pela paternidade. A pesquisa nacional mostrou que os cidadãos não se deixam enganar pelo oportunismo político de quem não fez mais que a obrigação. Pela pesquisa, só 1,1% atribuem a vacinação ao Ministério da Saúde. E 14,4% não reconhecem paternidade da vacina. Bolsonaro, que questionou a vacina chinesa, publica nas redes sociais as despesas do governo federal com vacinas e insumos da CoronaVac.
Olho nela
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, definiu que a eleição do novo presidente será presencial e em cédulas de papel. Não informou se haverá vigilância da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que, na sua eleição, apropriou-se de uma pasta de documentos para tumultuar a sessão.
Prioridade
Simpática ao governo socialista, a imprensa portuguesa informa com espantosa naturalidade a decisão do primeiro-ministro de priorizar a vacinação a "governantes", inclusive ele próprio, e "cargos de soberania".
Retomada
Lançamentos imobiliários estão a todo vapor, diz a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias. De fato. Em Alagoas, condomínio com cem unidades, próximo à praia de Milagres, foi vendido em poucos dias.
Embolada
São nove os candidatos a presidente da Câmara: Arthur Lira (PP-AL), Baleia Rossi (MDB-SP), Alexandre Frota (PSDB-SP), Janones (Avante-MG), Capitão Augusto (PL-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG), General Peternelli (PSL-SP), Luiza Erundina (Psol-SP) e Van Hattem (Novo-RS).
Equilibrista
O embaixador da China participou da coletiva convocada para que o governo paulista, de forma patética, reivindicasse os louros pela vacina chinesa. O diplomata enfrentou o constrangimento sem tomar partido.
Nos nervos
Não será fácil a vida do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a partir do dia 2: sem jatinhos da FAB à disposição, terá de encarar voos comerciais, filas de check-in e no embarque e desembarque. Dá calafrio.
Indicações
Tem um problema a acusação de Baleia Rossi (MDB-SP) sobre "ameaça de demitir" indicados de quem não votar em Arthur Lira (PP-AL): a falta de cargo para preencher com suas indicações é a principal queixa de deputados. Outro problema é que não tem como saber: o voto é secreto.
Colapso
A ilha de Manhattan, coração de Nova York, tem quase 30 mil habitações vazias, disponíveis para aluguel ou compra, segundo o site especializado Street Easy. O preço médio do aluguel caiu até 30% em alguns bairros.
Frase
"Brevemente estaremos entre os primeiros lugares" - Presidente Jair Bolsonaro sobre a posição do Brasil entre os países que mais vacinam.
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