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Escolha de ministra-chefe da Secretaria de Governo amplia poder de influência de Lira na administração de Bolsonaro

"Mulher do ex-governador do DF José Roberto Arruda, a deputada Flávia Arruda (PP-DF) mostrou que tem luz própria, ao presidir a Comissão Mista de Orçamento. Mas não chegaria a ministra não fosse Arthur Lira". Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 30/03/2021 às 6:53
NAJARA ARAÚJO/AGÊNCIA CÂMARA
A condução da Secretaria de governo pelo general Ramos chegou a ser alvo de críticas de Arthur Lira, mas depois os dois se entenderam - FOTO: NAJARA ARAÚJO/AGÊNCIA CÂMARA

Lira amplia poder

A escolha da deputada Flávia Arruda (PP-DF) para assumir o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Governo, na prática, aumenta o poder de influência do presidente da Câmara, Arthur Lira, na administração do presidente Jair Bolsonaro, e entroniza o Centrão no comando da sua articulação política. Mulher do ex-governador do DF José Roberto Arruda, a novata mostrou que tem luz própria, ao presidir a Comissão Mista de Orçamento. Mas não chegaria a ministra não fosse Arthur Lira. A iniciativa do presidente Bolsonaro, de pedir sugestão de nome para a Secretaria de Governo, surpreendeu o próprio presidente da Câmara. A condução da Secretaria de governo pelo general Ramos chegou a ser alvo de críticas de Arthur Lira, mas depois os dois se entenderam. Bolsonaro não faria mudanças na Secretaria de Governo, mas, com a saída de Braga Netto, ele precisou deslocar Ramos para a Casa Civil. pós passar mal em Maceió, Braga Netto recebeu a recomendação dos médicos para reduzir o ritmo. Bolsonaro decidiu deslocá-lo para Defesa.

Prioridade

O presidente da Câmara, Arthur Lira, avisou que a pauta desta semana será definida nesta terça (30), em reunião de líderes dos partidos. A ideia é priorizar os projetos que tratam da pandemia da covid.

Suposto lobby fica impune

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não cogita apurar a suspeita de que a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) teria "interesse" na licitação bilionária que vai definir a tecnologia 5G do Brasil. A suspeita foi levantada pelo ex-ministro Ernesto Araújo, ao relatar abordagem estranha da senadora durante almoço no Itamaraty. Desse almoço participaram outras 12 pessoas, incluindo nove embaixadores. Mas nenhuma dessas testemunhas será chamada a confirmar o caso. Através de sua assessoria, Rodrigo Pacheco disse que "duvida da veracidade" da denúncia grave envolvendo uma senadora da República. A senadora Kátia Abreu disse que Ernesto Araújo não falou a verdade, e que sua reunião com o ex-chanceler foi "agradável" e "amena". A denúncia de Araújo se deu na véspera de sua saída do Itamaraty. Já Pacheco disse nas redes sociais que Araújo "atingiu todo o Senado".

Vai virar alvo

O novo chanceler do governo Bolsonaro, Carlos Alberto França, é um diplomata muito querido e admirado no Itamaraty. Promovido em 2019, será atacado pela "inexperiência", apesar da sólida formação.

Profissional

Ao convidar o delegado federal Anderson Adauto para chefiar a secretaria de Segurança Pública, o governador do DF, Ibaneis Rocha, recomendou profissionalismo e pacificação e redução da criminalidade. Adauto cumpriu a missão. Agora será ministro da Justiça.

Dinheiro

A Secretaria de Orçamento Federal liberou quase R$28,8 bilhões para despesas urgentes que dependeriam de autorização do Congresso. Quase tudo para pagar salários e pensões. Já para auxílio emergencial...

Frase

Alterações ministeriais foram um movimento positivo", diz o deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, sobre as mudanças na Esplanada

Que nota?

Não repercutiu em Brasília e já ninguém fala na nota que banqueiros e outros bilionários assinaram dias atrás, junto com economistas aos quais pagam belas consultorias, como se lhes coubessem decisões políticas.

Copia e cola

O projeto para obrigar as pessoas a se registrarem num aplicativo do governo para obter "passaporte digital" que comprove a vacinação contra a covid é cópia do projeto do governo do estado de Nova York, o "NY State Excelsior Pass". A diferença é que lá não há lei que obriga adesão.

 

 

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