Opinião

Fundo eleitoral ganhou R$ 3,7 bilhões para financiar campanhas eleitorais de políticos brasileiros

O corte dos penduricalhos no serviço público, cujo objetivo seria moralizar o teto salarial, vê-se agora, nada tem a ver com "Congresso reformista". Confira os destaques de Cláudio Humberto para esta segunda-feira (19)

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 19/07/2021 às 6:56 | Atualizado em 19/07/2021 às 6:58
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A lei aumenta o fundo eleitoral em R$ 3,7 bilhões, exatamente o valor a ser "economizado" pelos cofres públicos com o corte dos penduricalhos - FOTO: Reprodução

Congresso se apropriou

O corte dos penduricalhos no serviço público, cujo objetivo seria moralizar o teto salarial, vê-se agora, nada tem a ver com "Congresso reformista". Ficou claro que a decisão está ligada à aprovação, dois dias depois, tipo vapt-vupt, da lei que aumenta o fundo eleitoral em R$ 3,7 bilhões, exatamente o valor a ser "economizado" pelos cofres públicos com o corte dos penduricalhos. A dinheirama apenas mudou de mão. Antes R$ 2 bilhões, o fundo eleitoral ganhou R$ 3,7 bilhões para financiar as campanhas de quem aprovou esse absurdo, e a dos seus aliados. Era de se estranhar. Políticos repetiam à exaustão que não mexeriam em "direitos"/penduricalhos adquiridos. Começava a transferência bilionária. De repente, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) abriu a gaveta fechada a sete chaves por Rodrigo Maia e ressuscitou o projeto 6726. O projeto, que não tinha chances, acabou aprovado em poucos dias, a toque de caixa, Era o fim dos penduricalhos de R$ 3,7 bilhões.

Excelência cubana desmascarada

Em razão do isolamento imposto pela ditadura, a pandemia de covid-19 está só no começo, em Cuba, mas avança rapidamente e já desmascarou a velha mentira da "excelência" de sua medicina, difundida pelos apoiadores do regime. Além de não produzir a vacina que prometeu, a ditadura tampouco se interessou em importar imunizantes em quantidade adequada, desdenhando da força da infecção por covid. Adoradores da ditadura, como Lula e o coronel golpista Hugo Chávez, quando doentes, socorreram-se na medicina cubana. Fracassaram. Com os hospitais colapsados e vacinas garantidas apenas para os que estão no poder, os cubanos de desesperaram. Além da falta de vacinas e hospitais, também faltam remédios, há fome e os apagões diários de energia são sinais de uma ditadura em declínio.

Com os russos

Para vetar o valor indecente do Fundo Eleitoral, o presidente Bolsonaro terá de combinar com sua base aliada, que o apoiou. Sobretudo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que liderou s aprovação.

Chance única

Se vetar mesmo a destinação de R$ 5,7 bilhões para financiar campanha de políticos, o presidente terá a chance de descolar sua imagem desse tapa na cara dos cidadãos. Ainda que seu veto venha a ser derrubado.

Marketing

O conselho federal da OAB aprovou uma mudança histórica, esta semana, definindo novas regras de publicidade e ampliando as possibilidades de marketing jurídico, incluindo sites e redes sociais.

De notebook

Para esquerdistas que não largam seus notebooks da Apple, a loja do Partido da Causa Operária (PCO) oferece capas até por R$ 49. Há as opções das linhas "Che Guevara" e "Karl Marx".

Aniversário

Isolado após contrair covid de novo, o governador João Doria participa de live numa rede social para jogos, a Twitch, que pertence à Amazon. O "bate-papo informal" é com a produtora de conteúdo Porta dos Fundos.

Combinado

Não há senadores da base governista na Comissão Representativa do Congresso, eleita para fazer o "plantão" do legislativo no recesso parlamentar. E ao menos a metade é oposição declarada ao governo.

Frase

"Grandes chances" - Deputado Vítor Hugo sobre a votação da PEC do voto impresso na comissão, no dia 5.

 

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