Opinião

Sistema eleitoral que elege apenas os mais votados, sem influência do partido, deve ser aprovado na Câmara

O cientista político Paulo Kramer acha que a aprovação no Senado deve ser tranquila já que não afeta os atuais ocupantes de cargos majoritários. Leia os destaques de Cláudio Humberto.

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 26/07/2021 às 7:56
CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Plenário da Câmara dos Deputados - FOTO: CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

'Distritão' avança

Com apoio do centrão e do presidente da Câmara, Arthur Lira, deve ser aprovada sem dificuldades pelos deputados a PEC 125, da "reforma eleitoral", que institui o distritão. É o sistema eleitoral que torna majoritária a escolha dos deputados federais e estaduais, já em 2022. Serão vencedores os mais votados, simples assim. Hoje, as vagas nos parlamentos são preenchidas com base nos votos obtidos pelos partidos. No sistema atual, que dá poder às direções partidárias, candidato bem votado "arrasta" candidatos sem votos suficientes para se eleger. Nas eleições de 2018, por exemplo, figuras como Rodrigo Maia (DEM-RJ) só ganharam mandato em razão de truques como "voto de legenda". O anunciado veto de Bolsonaro ao fundo eleitoral pornográfico de R$5,7 milhões também reforça a aprovação do distritão. O cientista político Paulo Kramer acha que a aprovação no Senado deve ser tranquila já que não afeta os atuais ocupantes de cargos majoritários.

Lista

A Associação dos Advogados Federais (Anafe) fez uma eleição-factóide, para indicações que não serão consideradas (para a chefia da AGU), mas ao menos escolheu um representante de cada carreira. Nas listas tríplices para a PGR, só há representantes de uma única carreira.

Lei anti-marajás limita salários

Aprovado pela Câmara de volta ao Senado para ser arrematado, o projeto nº 6726, que acaba de uma vez com marajás no serviço público, vai afetar, finalmente, empregados e dirigentes de empresas estatais que dependem recursos dos governos para pagar salários e custeio. Só no governo federal, são 19 estatais dependentes de recursos públicos para pagar folhas salariais, de acordo com relatório da Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais), do Ministério da Economia. Na estatal de comunicação EBC, o governo federal paga 74,2% do valor dos salários, mas há privilegiados que recebe até R$47,5 mil por mês. A CBTU (Trens Urbanos) retira dos cofres federais 84,5% de sua folha salarial, que paga até R$41,7 mil por mês a seus empregados. Amazul (Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S/A), da Marinha, 100% dependente do governo, paga salários de até R$41,1 mil, acima do teto.

Vacina e voto

Presidente da Câmara, Arthur Lira tentou dar um fim na discussão sobre eleições. "A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano", decretou.

Seguidores fake

A ferramenta Twitter Audit, que identifica perfis falsos entre os seguidores, aponta que 16% dos 2,2 milhões de seguidores de Lula são fakes. Entre os 6,7 milhões de seguidores de Bolsonaro, 12% são falsos.

1 mês de queda

Desde o dia 23 de junho está em queda a média de novos casos diários da Covid-19 no Brasil. Foi de 78 mil novos casos por dia para 37,3 mil, em 23 de julho. Só na última semana, houve queda de 13% nos casos.

79 anos

Em 26 de julho de 1942, um submarino alemão, o U-66 bombardeou o navio mercante brasileiro Tamandaré, em um episódio que levou o Brasil ingressar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos países aliados.

Censura

A claque aplaude na mídia quando Facebook e Instagram censuram posts que entendem "fake news" sobre vacinas. Há poucos meses, a suspeita de que a Covid vazou de laboratório chinês era "conspiração" e mentira, tratado como "fake news". Não é mais, apesar da censura.

Frase

"Todas as fontes de dinheiro público devem ser consideradas", Senador Lasier Martins (Pode-RS) sobre seu projeto que destina bilhões do fundão eleitoral para combater a pandemia.

 

 

 

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