OPINIÃO

Usinas poderão vender etanol livremente e a tendência é a redução do preço

A iniciativa de Lira, um entusiasta, surpreendeu os próprios produtores, que lutam há anos para serem libertados das distribuidoras de combustíveis, meras atravessadoras, e da Petrobras, que deixará de definir o valor do etanol ao consumidor. Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 15/09/2021 às 6:34 | Atualizado em 15/09/2021 às 7:32
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A tendência é de redução ainda maior no preço do etanol. - FOTO: DIVULGAÇÃO

Liberação do etanol, obra de Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi quem pediu a Jair Bolsonaro a medida provisória que antecipou, para implantação imediata, a venda direta de etanol aos postos. A iniciativa de Lira, um entusiasta, surpreendeu os próprios produtores, que lutam há anos para serem libertados das distribuidoras de combustíveis, meras atravessadoras, e da Petrobras, que deixará de definir o valor do etanol ao consumidor. A ANP vinha proibindo os produtores a praticarem o livre mercado, obrigando-os e entregar todo o etanol produzido às distribuidoras. O "negócio da China" foi garantido por resoluções suspeitas da agência reguladora ANP, que fez dos distribuidores os novos magnatas. Agora, as usinas poderão vender seu etanol livremente, como qualquer fabricante, livre do atravessador. A tendência é a redução de preço.

Bancada do atraso e 5G

Diretor da Anatel, agência reguladora de telecomunicações, o agrônomo Moisés Moreira continua sendo o nome do atraso do 5G no Brasil. Em 2019, ele retardou a tecnologia ao menos em dois meses e, na segunda (13), voltou a pedir vistas alegando "dúvidas". Virou deboche na Anatel, onde o edital chegou há dois anos, em outubro de 2019. O ministro Fábio Faria (Comunicações) estima em R$ 100 milhões diários os prejuízos da "vista". O relator, Emanoel Campelo, propõe implantar o 5G no Brasil até junho de 2022, mas há uma jogada política para adiar para 2023. A suspeita é que se tenta impedir adoção da tecnologia no atual governo ou ainda mais mesquinho, sob presidência de Leonardo Morais na Anatel. É corrente, na Anatel, a bronca pelo fato de Leonardo ter sido designado presidente, cargo que teria sido prometido a Moisés por Michel Temer. Moisés foi indicado à Anatel pelo ex-ministro Gilberto Kassab, que há dias declarou o PSD, seu partido, na oposição ao governo Bolsonaro. Já não restam dúvidas sobre o edital de leilão do 5G, aprovado com a goleada de 7x1 pelos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Caixa roubada

Repercute nas redes sociais a denúncia de Pedro Guimarães, presidente da Caixa, ignorada pelo noticiário, de que roubaram do banco R$ 46 bilhões nos governos do PT. Só um superintendente da Caixa devolveu R$ 40 milhões surrupiados. E 500 mil famílias ficaram sem casa própria.

Que horror

O presidente da Petrobras, general Silva e Luna, afirmou aos deputados que a política cruel de preços não é culpa da Petrobras, a estatal que se aproveita do monopólio para fabricar lucros pornográficos.

Desfeito

Como Lula, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha ganhou do Supremo Tribunal Federal um presentaço: Sergio Moro foi considerado "suspeito" para julgá-lo e o processo vai para a Justiça Eleitoral.

Estelionato

O presidente americano Joe Biden começa a aplicar estelionato eleitoral: seus apoiadores no Congresso estão agilizando medidas como aumento de 37% para 39,6% o imposto de renda para pessoas físicas.

Siga a Petrobrás

Se o preço na refinaria sobe e no dia seguinte chega aos postos de combustível, o agronegócio não adota a mesma estratégia. A queda de 1% no boi gordo e 1,5% no café e açúcar nunca chegou ao mercado.

Esperava menos

O Conselho Federal de Medicina decidiu fazer um levantamento sobre o efeito do terror ao redor da covid no combate a outras doenças, e revela que deixaram de ser feitos 27 milhões de procedimentos eletivos.

Frase

"Corrigiu o absurdo que sofri", Ex-deputado Eduardo Cunha, mais um condenado por corrupção beneficiado pelo STF.

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