OPINIÃO

Petrobras tomou decisão que provocará escassez de combustíveis no Brasil

A escassez de gasolina determinará aumento dos preços finais ao consumidor, com reflexos no emprego, na inflação, na qualidade de vida e na paz social. Leia os destaques de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 20/10/2021 às 6:25 | Atualizado em 20/10/2021 às 8:03
TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM
A decisão da Petrobras foi de cancelar 50% dos pedidos de compra dos combustíveis - FOTO: TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM

Aposta na escassez

A Petrobras anda tão empenhada em produzir lucros para acionistas que não apenas parou de investir, como denunciou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como tomou uma decisão que provocará escassez de combustíveis no Brasil, de acordo com avaliação de economistas e da associação de distribuidoras de combustíveis (Brasilcom). A escassez de gasolina determinará aumento dos preços finais ao consumidor, com reflexos no emprego, na inflação, na qualidade de vida e na paz social. A decisão da Petrobras foi de cancelar 50% dos pedidos de compra dos combustíveis. A suspeita é que a estatal pretende forçar a escassez. Além da lengalenga da "cotação internacional" e da "variação do dólar", a falta de gasolina no mercado será também motivo para novos aumentos. A manobra foi vista em Brasília como mais um desafio dos tecnocratas ao governo e ao presidente da Câmara, aos quais se opõem. A escassez teria o objetivo de aniquilar a proposta, aprovada na Câmara, que condiciona aumentos da Petrobras à média dos últimos dois anos.

Debate vira troca de gentilezas

O debate morno dos candidatos a presidente pelo PSDB, promovido no Rio, terminou com excesso de gentilezas entre os três concorrentes, João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio. O governador de São Paulo passeou quase sozinho nesse encontro político. Foi o que mais citou dados e promessas, fazendo parecer que o gaúcho, principal adversário, é um político de futuro, mas não estaria pronto para governar o País. Doria foi marqueteiro do próprio governo, exaltando seus feitos e afirmando que o PIB de São Paulo cresce acima da média nacional. Questionado sobre emendas de relator, criadas na PEC do Orçamento Impositivo, Doria disse que vai "acabar com isso", mas não disse como. Leite se irritou e partiu para cima do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio que, por sua vez, comoveu a todos ao falar de sua paixão pelo Brasil.

Ajuste no texto

O adiamento do anúncio do novo valor do Bolsa Família foi provocado pela necessidade de ajustes no texto da medida a ser assinada pelo presidente. Mas um ministro da área social confirmou o valor de R$ 400.

Bolsa de votos

Há uma certa euforia no Palácio do Planalto com a definição do valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família, mais auxílio emergencial). A expectativa é que Bolsonaro vai recuperar sua avaliação positiva.

Falta

Dez em cada dez turistas em países árabes posam montando camelo ou vestindo trajes típicos locais. Mas como eram Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), mulher e filho, desocupados transformaram isso em "escândalo".

Progresso

O ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) anunciou a inauguração do novo terminal do Porto de Maceió para novembro. "O litoral mais bonito do Brasil vai ganhar estrutura para cruzeiros à altura do seu potencial".

Lágrimas fake

Marco Feliciano (PL-SP) ironizou o choro na sessão de ontem da CPI da Covid. Não o das vítimas da covid-19, é claro, mas o de um senador petista, que, segundo o deputado, foi "de fazer inveja ao crocodilo".

Sem controle

Palavra de um ex-conselheiro do CNMP por 4 anos: "Realmente, precisa mudar... Não sei se nos termos da PEC, mas que tem que mudar, tem". Ele contou que os procuradores não deixam passar nada: "A maioria é do MP e votam fechados".

Frase

"Vai se encerrando de forma totalmente previsível" - Senador Jorginho Mello ao comentar os atos finais e o relatório da CPI da Covid.

 

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