PRIMEIRO AUMENTO DO ANO

Gás de cozinha já está mais caro nas refinarias. Revendedores protestam

O gás de cozinha (GLP) ficou 6% mais caro nas refinarias a partir desta quinta-feira (7). O percentual de aumento deve ser repassado aos consumidores ainda este mês

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Edilson Vieira

Publicado em 07/01/2021 às 20:35
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A partir desta quinta-feira (7) o gás de cozinha ficou 6% mais caro nas refinarias. O primeiro aumento do ano fez com que o Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo de Pernambuco (Sinregás-PE) divulgasse no início da noite de hoje (7) uma nota de repúdio a política de preços da Petrobrás. O novo aumento de 6% no custo do GLP (gás de cozinha) vale tanto para os botijões domésticos de 13 kg, como para o gás vendido a granel. O gás é vendido pela Petrobrás às distribuidoras, que repassam os produtos aos revendedores.

REPÚDIO

Na nota, o Sinregás usa o termo indignação para se referir ao aumento. “... justamente no momento onde deveríamos unir todos os esforços nesse período de pandemia para baixar custos, tanto para a sobrevivência comercial das revendas, quanto para não repassar reajustes para a população....”, diz a nota. Em setembro do ano passado o revendedores de gás organizaram um protesto na entrada do Porto de Suape para reclamar contra a variação nos preços imposta pela Petrobrás e os custos com a taxação pelo Governo do Estado do Pátio de Triagem de Carga, em Suape.

A presidente executiva do Sinregás-PE, Francine Guldi, considera “um absurdo” um novo aumento no início do ano quando o último reajuste no valor do gás de cozinha, de 5,5%, foi aplicado no mês passado. “Em 2020 a Petrobrás aplicou dez aumentos em um período de sete meses, de abril a dezembro. O gás encareceu cerca de 50% no ano passado. Agora esta surpresa”.

MERCADO

Francine explicou ainda que o mercado sofre com o monopólio da produção do gás pela Petrobrás e a distribuição concentrada em cinco grandes empresas. “O que acontece, é que geralmente os aumentos dados na refinaria são repassados integralmente pela distribuidora para nós, revendedores, que não temos outra saída. Ou repassamos o aumento de custo para o consumidor ou absorvemos o prejuízo”, afirmou Francine. Segundo o Sinregás, existem cerca de 1.600 revendas de gás no Estado. “Muitos no ano passado fecharam as portas ou reduziram a operação”, estimou Francine.

O mercado é livre para fixar preços de revenda ao consumidor. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio do botijão de 13 kg em Pernambuco em novembro do ano passado era de R$ 68, mas o produto já é encontrado por até R$ 75.

 

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