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O que escolas podem fazer para prevenir o contágio do coronavírus?

Essa é uma das perguntas mais frequentes entre pais, professores e diretores de escolas. Três infectologistas esclarecem algumas dúvidas sobre o assunto

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 13/03/2020 às 18:15 | Atualizado em 13/03/2020 às 18:29
NICHOLAS KAMM/AFP
Governo do Estado busca adquirir materiais para ajudar na luta contra o coronavírus - FOTO: NICHOLAS KAMM/AFP

O que as escolas podem fazer para prevenir o contágio do coronavírus? Em meio a tantas informações sobre a doença, essa é uma das perguntas que surge entre pais, professores e gestores de unidades de ensino. Para ajudá-los, o Hospital Israelita Albert Einstein, sediado em São Paulo (SP), reuniu três infectologistas, dos quais um pediatra, para esclarecer algumas dúvidas de colégios e pais.

Por enquanto, não há orientação oficial, pelo Ministério da Saúde, de suspensão de aulas em escolas, faculdades e universidades, embora algumas instituições e o Distrito Federal tenham adotado medidas nesse sentido. No mundo, 296 milhões de estudantes estão sem aulas, segundo a Unesco, por causa da pandemia.

Quando deixar meu filho em casa? A partir de que temperatura é considerado febre? Se um dos alunos está com a doença, é preciso suspender as aulas em toda a escola ou apenas para a turma dele? Essas são algumas das perguntas respondidas pelos médidos Márcio Moreira (pediatra), Hélio Bacho e Viviane Avelino Silva.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou, nesta quinta-feira (12), informações e orientações sobre o coronavírus. Em um trecho do documento, a entidade ressalta que o fechamento de escolas pode levar a várias famílias a terem que deixar seus filhos com seus avós, pois seus pais trabalham.

"Nas crianças, a covid-19 tem se apresentado de forma leve e a letalidade é próximo a zero; já no idoso, a letalidade aumenta muito. No idoso com mais de 80 anos e comorbidades, a letalidade é em torno de 15%. Portanto o fechamento de escolas em cidades em que os casos são importados ou a transmissão é local pode ser prejudicial para sociedade", observa a SBI.

Em seguida, a entidade ressalta, no entanto, que "essa orientação é dinâmica, podendo ser modificada, conforme a evolução da epidemia, particularmente nas cidades e Estados em que a epidemia evoluir para transmissão comunitária".

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