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Pernambuco faz atualização sobre questão das aulas presenciais no Estado; Acompanhe coletiva

Decreto que suspende aulas em Pernambuco expira nesta terça-feira (22)

JC
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Publicado em 21/09/2020 às 16:31 | Atualizado em 21/09/2020 às 21:54
JAILTON JR/JC IMAGEM
Alunos têm medo de retorno das aulas presenciais - FOTO: JAILTON JR/JC IMAGEM

O Governo de Pernambuco concedeu uma coletiva, nesta segunda-feira (21), para atualizar sobre a questão das aulas presenciais no Estado. Na coletiva, foi anunciado que os alunos do ensino médio, de escolas públicas e privadas, serão os primeiros a voltar às aulas presenciais em Pernambuco, a partir de outubro.

 

Estudantes da educação infantil e do ensino fundamental permanecerão com atividades online e não há previsão, ainda, de datas para que essas crianças retornem aos colégios. A informação foi repassada pelo governo estadual durante coletiva de imprensa online realizada na tarde desta segunda-feira (21). O Estado completa 188 dias com escolas fechadas, desde 18 de março.

Os concluintes do ensino médio, ou seja, alunos do 3º ano, poderão ir pra escola a partir do dia 6 de outubro. Na semana seguinte, em 13 de outubro, retornarão os estudantes do 2º ano. Em seguida, em 20 de outubro, retomam os adolescentes do 1º ano do ensino médio.

O governo reforça que o retorno será opcional, ou seja, vai depender da avaliação das escolas e das famílias. E que as datas de retomada podem ser definidas por cada unidade, a partir da data autorizada para cada série. Também destaca que as turmas devem reduzir o número de alunos no modelo presencial.

OPCIONAL

"A decisão do retorno, neste momento, é de competência de cada pai ou responsável. A volta será opcional", ressalta o secretário estadual de Educação, Fred Amancio. "Continuaremos nas nossas escolas estaduais ofertando o ensino remoto. O que sugerimos que aconteça também nas outras redes", diz Fred. "Ao longo de outubro vamos tomar as decisões que envolvem a educação infantil e o ensino fundamental", destaca o secretário de Educação.

O governo de Pernambuco informa ainda que alunos, professores e trabalhadores de educação que integram grupos de risco, em escolas públicas e privadas, não devem retornar, caso não tenham se infectado antes. Segundo o secretário de Saúde, André Longo, todos os casos suspeitos serão testados na rede estadual de ensino.

São 335.117 alunos matriculados no ensino médio em Pernambuco, de acordo com o Censo da Educação Básica 2019, do Ministério da Educação. Do 3º ano são cerca de 91 mil. Em toda a educação básica há, no Estado, 2,1 milhões de estudantes.

Uma das justificativas para o retorno começar com os vestibulandos é porque eles farão as provas do Enem em janeiro e fevereiro (dias 17 e 24 de janeiro na versão impressa e 31 de janeiro e 7 de fevereiro na versão digital).

Dos 5,8 milhões de inscritos no País, 315.693 responderão o exame em Pernambuco. Também porque os concluintes do ensino médio terão as provas do vestibular seriado da UPE e outros processos seletivos para ingresso no ensino superior.

Confira abaixo a coletiva do governo:

>> "Não há mais o que justifique o ensino médio não voltar às aulas presenciais", diz presidente do Sinepe Pernambuco

>> Pais de alunos realizam ato em prol da volta às aulas presenciais em Pernambuco

>> Pernambuco em estabilidade na média móvel de casos e mortes por coronavírus

SINTEPE

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) repudiou o pronunciamento do secretário de Educação do Estado sobre o retorno dos estudantes do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos às atividades presenciais.

"A posição unilateral do Governo do Estado é, além de contraditória, desrespeitosa. O anúncio feito vai de encontro e atropela documentos do próprio Governo. A Portaria 1340 de 29.7.2020 (publicada no Diário Oficial do Estado) instituiu comissões paritárias entre o Governo e os servidores, incluindo os da educação, que não foram consideradas. As comissões (Central, Setoriais e Regionais) deveriam discutir o encaminhamentos e as condições de retorno de servidores para atividades presenciais, o que não aconteceu.
A Secretaria de Educação, ignorou o canal de negociação que vinha sendo mantido entre a representação da categoria e a Secretaria de Educação, importante instrumento de diálogo, mesmo com divergências e discordâncias, postas na Mesa de Negociação. O Sintepe já solicitou, em caráter de urgência, reunião com o Secretário de Educação e está convocando a categoria para uma Assembleia Virtual na próxima quinta-feira (24/9), às 14h30."

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