COVID-19

Fracassa terceira rodada de negociação entre governo e professores estaduais

A categoria se reuniu nesta sexta-feira com o governo do Estado, mas não houve definição

Amanda Rainheri
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Amanda Rainheri
Publicado em 02/10/2020 às 19:33 | Atualizado em 02/10/2020 às 20:28
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
Pernambuco terá retorno de aulas presenciais no dia 6 de outubro apenas para o ensino médio e as escolas já começaram a adequar as salas de aula para receber os alunos com os devidos cuidados. - FOTO: FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

Em reunião nesta sexta-feira (2) com o governo do Estado, professores da rede pública de ensino cobraram a suspensão do retorno das aulas presenciais, previsto para iniciar na próxima terça-feira (6). Essa foi a terceira rodada de negociações entre a categoria e a gestão, mas nenhuma resposta concreta foi dada pelo Executivo. Aos professores, a Secretaria de Educação prometeu uma resposta na próxima segunda-feira (5), dia em que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) se reunirá em assembleia para decidir os rumos da greve. 

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Além da suspensão, o Sintepe foi para a mesa de negociação com outras duas demandas. A primeira é a criação de um comitê formado por representantes das Secretarias de Saúde, Educação, da Rede Solidária em Defesa da Vida, da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), do movimento estudantil, Sintepe, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O objetivo seria a discussão e avaliação do quadro epidemiológico e condições sanitárias e estruturais das escolas para receberem os estudantes. Por fim, os professores pediram que a possível retomada fosse decidida com base em um parecer elaborado por esse comitê. 

"Não nos disseram nada. A resposta da secretaria foi que as demandas seriam levadas para dentro do governo e que até a segunda-feira nos dariam um retorno. Não sabemos se será uma nova reunião ou um ofício", afirmou Fernando Melo, presidente do Sintepe. Segundo ele, a categoria expôs sua posição, com base no documento assinado pela Rede Solidária em Defesa da Vida, assinado, entre outros, por profissionais da área da saúde, afirmando que o retorno é precoce. "Mostramos que não estamos contra apenas por ser contra, mas que, assim como o governo, nós também levantamos nossos elementos, com base em um parecer da área médica", completou. 

O presidente do sindicato afirmou que a data da assembleia está mantida e que, caso as demandas não sejam atendidas pelo Governo de Pernambuco, a categoria deverá entrar em greve já a partir da segunda-feira. 

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação, mas, até a publicação desta matéria, não obteve resposta. 

 

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