CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Luciana Santos quer replicar em todo o País programa de bolsas de graduação do Recife

O Embarque Digital é voltado para estudantes que tenham concluído o ensino médio na rede pública e que residam em Recife, por meio das notas do SSA ou Enem

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Mirella Araújo

Publicado em 17/10/2023 às 10:31 | Atualizado em 17/10/2023 às 10:32
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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que pretende replicar, em escala nacional, uma versão do Embarque Digital. O programa é uma parceria entre a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação e o Porto Digital, com objetivo de promover a formação técnica em nível superior para os cursos presenciais de graduação tecnólogo, com duração de dois anos e seis meses, da área de Tecnologia da Informação .

O Embarque Digital é voltado para estudantes que tenham concluído o ensino médio na rede pública e que residam em Recife, por meio das notas do SSA ou Enem. De acordo com a ministra e ex-vice-governadora de Pernambuco, existe um déficit de profissionais nesse setor - calcula-se que existam 100 mil vagas não ocupadas.

“Queremos uma réplica de uma experiência desenvolvida no Recife a partir do Porto Digital, que se chama Embarque Digital. Metade das vagas é para pardos ou pretos. O critério (no Embarque Digital) são as notas do Enem e o corte racial. São os alunos que terminaram o ensino médio. Vão ser bolsas para desenvolvimento de software, programadores. Ou seja, a política afirmativa perpassa vários dos nossos programas e iniciativas, para ajudar no enfrentamento dessa desigualdade”, disse Luciana Santos em entrevista ao Estadão.

A ampliação do programa recifense foi citado, durante a entrevista ao Estadão, como uma das ações que o Ministério da Ciência e Tecnologia projeta para ter ações afirmativas pensadas para a população negra. Segundo Luciana Santos, haverá um estímulo para que as Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados realizem um estudo da educação da população negra.

“Para maior conhecimento da história e de como se formatou todo esse processo de resistência do quilombola, para um autoconhecimento do que nós somos, o tamanho que a população negra tem e indicadores para ajudar na tomada de posição e de planejamento”, afirmou a ministra ao Estadão.

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