Estudantes pernambucanos conquistam ouro em projeto da Nasa em primeira participação do Brasil
Alunos do Colégio GGE ganham ouro em programa da Nasa e trazem reconhecimento ao país que participou pela primeira vez do projetos
O desempenho dos alunos do Colégio GGE no programa Nasa Young Leaders, da Nasa, foi premiado com ouro na primeira vez em que a agência espacial permitiu a participação de um colégio brasileiro no projeto de imersão em seus laboratórios e instalações, em Houston, no Texas (EUA).
O GGE levou 18 estudantes de suas unidades de Petrolina, Caruaru e Recife, e terminou o intercâmbio, no fim de outubro, com medalhas de ouro, prata e bronze em várias atividades propostas pelos engenheiros do Johnson Space Center, como desafios de robótica e até lançamentos de foguetes.
“Foi um sucesso. A Nasa nunca tinha autorizado um colégio brasileiro a participar do programa e conseguimos isso. Pesou o fato de termos um bom programa de graduação no exterior. Foram alunos do Fundamental 2 e do Ensino Médio”, disse o diretor do GGE em Petrolina, Ricardo Diniz, um dos idealizadores da participação inédita do colégio na ida para a Nasa. Ele viajou com o grupo aos Estados Unidos.
“Foi, de fato, um grande momento de interação entre vários estudantes de países diferentes, com muita cooperação em grupo. E nosso resultado mostra que temos uma carga horária e uma proposta de ensino em nível internacional, com educação de excelência”, completou o diretor, referindo-se à ação do colégio, com aulas de robótica, cultura maker e vivência constante em laboratórios.
Além das competições, durante quatro dias, os jovens tiveram oportunidade de conversar com engenheiros, astronautas e demais profissionais que atuam no centro de treinamento e tirar dúvidas sobre questões técnicas e sobre o dia a dia de descobertas e inovações. Todos receberam certificados de participação da semana de intercâmbio no Johnson Space Center.
Entre os alunos vencedores esteve José Elton Marinho Da Luz, de 17 anos, do GGE Aldeia, participante do grupo medalha de ouro na final do intercâmbio.
“Foi uma experiência única, que superou muito as minhas expectativas. Chegamos lá sem conhecer quase ninguém, mas fomos nos enturmando e nos tornamos muito próximos uns dos outros. Quando começaram as competições, levamos tudo muito a sério, como deveria ser. Conseguimos levar ouro nas competições de construção e lançamento de foguete e de cápsula criogênica. Ficamos com duas fitas de primeiro lugar e, consequentemente, a medalha de ouro geral da Nasa”, afirmou.
“Essa vitória foi muito importante para conseguir o respeito de todos os grupos de outros países, que no início tiravam onda com a gente, dizendo que não iríamos ganhar nada. Foi uma viagem muito significativa para adquirir conhecimento, amadurecimento, novas experiências, amizades, praticar o inglês e seguir ordens em um espaço militar”, concluiu.