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No Cabo, grupo de vereadores rompe com prefeito e anuncia CPI na Educação

Como a coluna vem mostrando, a tensão na Câmara do Cabo de Santo Agostinho vem escalando. Prefeito é acusado de intervir na eleição da casa, sancionando auxílios a vereadores

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Augusto Tenório

Publicado em 12/02/2022 às 12:11 | Atualizado em 12/02/2022 às 12:17
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Como a coluna vem mostrando, a tensão na Câmara do Cabo de Santo Agostinho vem escalando. Após Ricardinho (MDB) ser reeleito presidente da casa numa votação dividida, marcada pela sanção do aumento de benefícios para vereadores no mesmo dia do pleito, grupo oposicionista se organiza para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

Acusando o prefeito Keko do Armazém (PL) de interferir no legislativo através da sanção do auxílio-saúde depositado na folha de pagamento, um grupo de dez vereadores rompeu com a base, criando uma oposição de quase metade do parlamento municipal.

Integram o grupo: Neto da Farmácia (PDT), César Paiva (PTC), Pedrinho da Galinha (PSB), Marco Mão Amiga (PSC), Nia VIP Car (PL), Naelson (PSC), Dr. Zé Carlos (PDT), Sueleide de Amaro (PP), Jobinho (PP) e Zeu da Net (PT).

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Prefeito do Cabo, Keko do Armazém. - DIVULGAÇÃO

Além de problemas de gestão em várias áreas, inclusive com empenhos suspeitos na Educação, eles alegam dificuldade para tratar das demandas com a administração municipal, principalmente com o prefeito.

O grupo aponta suspeitas sobre contratos firmados entre a Secretaria de Educação do município e uma empresa, citando empenhos para a compra de merenda que, somados, chegam a R$ 5,8 milhões. Desse total, mais de R$ 4,5 milhões foram pagos em 85 notas fiscais num espaço de menos de dois meses. Por isso, o grupo articula uma CPI na Câmara Municipal para investigar os contratos.

"O primeiro lote de pagamento foi em 5 de novembro, quando em 24 notas fiscais foi pago R$ 1.024.785,07. Já em 26 de novembro de 2021 foram pagos R$ 634.937,36 em 16 notas fiscais. Em 17 notas, foram pagos R$ 865.186,59 em 29 de novembro. Já em 10 de dezembro foram pagos R$ 678.494,70 em 12 notas ficais", afirmam os parlamentares.

Na sequência, teriam sido pagos R$ 846.200,67 em 9 notas fiscais no dia 17 de dezembro. Por fim, em 27 de dezembro, R$ 534.985,03 em 07 notas ficais. Os vereadores dizem ter alertado o prefeito, mas teriam sido ignorados.

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