PSB evoca período de Lula e Eduardo em Pernambuco para impulsionar Danilo Cabral

Os discursos dos caciques da Frente Popular, no lançamento da cabe de chapa para as eleições deste ano, permitiram entrever que o PSB vai usar o saudosismo dos pernambucanos com os dois governos Lula (antes do desastre de Dilma) para tentar impulsionar a candidatura do socialista Danilo Cabral, deputado federal pelo partido e nome histórico da agremiação. Na identidade visual, o amarelo já está sendo substituído por muito vermelho e laranja

Enquanto os adversários já lhe chamam de "Danulo" nos bastidores, os socialistas trataram de desenhar o campo em que pretendem guerrear.

Um dos primeiros a explicitar, de forma indireta, foi o senador Humberto Costa. "Quando mais cresceu, foi com a parceria importante entre Eduardo Campos e Dilma. Precisamos fazer novas parcerias importantes com Lula para Pernambuco crescer. Unidos vamos sair maior e melhor".

A frase mais eloquente desta estratégia, entretanto, foi dada pelo governador Paulo  Câmara, ao lembrar o período com Lula presidente e Eduardo Campos governador, para Pernambuco.

"Eu não tive esta oportunidade, mas você vai ter Danilo. Você está com uma disposição de menino e vai fazer Pernambuco andar para frente., viva o Brasil, viva Pernambuco, Lula presidente e Danilo governador", gritou, normalmente tímido.

O próprio candidato do PSB fez questão de estimular o saudosismo com Lula, na sua fala. "Lula tinha respeito com Pernambuco. Ele sabia onde o calo apertava, conhecia o povo. Por isto, o Brasil e Pernambuco precisam se encontrar novamente. Nada de ódio com o Nordeste. Lula será este reencontro com Pernambuco, em outubro", disse. "A aliança com Lula é a volta da esperança a Pernambuco. Vai ser um novo reencontro e precisamos trazer o setor produtivo para trabalhar ao nosso lado".

João Campos, prefeito do Recife e filho de Eduardo Campos, diss que queria ver o PSB como o primeiro partido a declarar apoio a Lula. "Para a retomada da dignidade do povo brasileiro"

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Críticas a Bolsonaro

Um dos primeiros a bater em Bolsonaro foi Humberto Costa, que chamou o presidente de cínico, por "tentar capturar para si" obras como transposição e duplicação da BR 232.

Marcelo Freixo, o candidato do PSB no Rio de Janeiro, disse que o Nordeste foi uma resistência contra as políticas de Bolsonaro, mas que o desafio será ainda maior."Bolsonaro vai perder, vai sair, mas precisamos enfrentar o bolsonarismo. Em especial no Rio de Janeiro, que precisa de um grande pacto pela vida. Aqui no Rio nasceu essa forma de fazer política, miliciana", disse.

Luciana Santos, vice governadora do Estado, pelo PC do B, reclamou dos preços da gasolina e o desmonte do governo Bolsonaro.