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'Sem coordenação política, terceira via não se consolida', avalia coordenador do PoderData

O Blog de Jamildo entrevistou Rodolfo Costa Pinto, coordenador do PoderData. Trata-se da divisão de pesquisas eleitorais, de opinião e mercado do Poder360

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Augusto Tenório

Publicado em 14/04/2022 às 15:56 | Atualizado em 14/04/2022 às 16:03
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O Blog de Jamildo entrevistou Rodolfo Costa Pinto, coordenador do PoderData. Trata-se da divisão de pesquisas eleitorais, de opinião e mercado do Poder360, site que cobre a Política Nacional. Na pauta, as pesquisas de opinião e intenção de voto para as eleições deste ano.

Rodolfo Costa Pinto é cientista político pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) com mestrado pela George Washington University. Na entrevista, ele comentou a mais recente edição da pesquisa do PoderData.

"Não existe eleição ganha, vai ser muito disputada. (...) Tem um efeito de crescimento natural de Jair Bolsonaro no cenário sem Moro", avalia o diretor do PoderData. A fala acontece num contexto em que o clima de "já ganhou", adotado por alguns petistas, já diminui.

Isso acontece porque, como mostra o primeiro levantamento do PoderData sem Sergio Moro, agora filiado ao União Brasil, a distância entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) caiu para 5%. Num cenário de segundo turno, a diferença foi para nove pontos percentuais.

"Quem trabalha com pesquisa sabe que trata-se da foto do momento, de buscar entender o que acontece agora, sem tentar fazer previsão. (...) Até porque o mundo é mais amplo, com muita gente alheia à política, então demora um tempo para a opinião pública se formatar e se consolidar", diz Rodolfo.

Sobre as chances da terceira via, o coordenador do PoderData avalia que tudo caminha para a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. "Ela está muito clara. Não dá para descartar de cara a terceira via, mas acredito ser improvável sua consolidação", avalia.

Ele diz que, para uma terceira via se tornar competitiva, duas coisas são necessárias. A primeira é um eleitorado que rejeite tanto Bolsonaro como Lula. "Esse percentual não passa de 15% a 17%. É muito pouco", comenta.

Um segundo ponto é a necessidade de coordenação política. "É preciso coordenação política. Não dá pra falar em terceira via com cinco ou seis candidatos disputando esse espaço. Fica tudo muito disperso", avalia Rodolfo.

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