Caminhoneiros vão repassar aumento do diesel, pressionando inflação e Bolsonaro

O novo aumento no preço do Diesel, anunciado nesta segunda-feira (9) pela Petrobrás, será repassado pelos caminhoneiros no valor do frete. Representante da categoria afirma que a classe não pode mais sobreviver sem repassar a alta, gerando um efeito 'dominó' na economia.

Conhecido como Chorão, Wallace Landim é e presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava). Para o representante, líder da greve dos caminhoneiros de 2018, a categoria está no limite.

"Os caminhoneiros não sobrevivem mais se não repassarem os aumentos dos combustíveis para os fretes. Como liderança, essa é a nossa orientação para a categoria", avisa o grupo em nota. Com a alta anunciada, o litro do diesel nas refinarias vai passar de R$ 4,51 para R$ 4,91 reais.

Dessa forma, espera-se que os preços dos produtos também aumentem nos supermercados, diminuindo o poder de compra e elevando a inflação. Trata-se do terceiro aumento promovido pela empresa no preço dos combustíveis neste ano. 

"Mudou o preço na bomba a dona de casa já sente o aumento no dia seguinte na feira livre. Não é culpa do feirante ou do caminhoneiro, e sim do PPI da Petrobras", diz a classe, referindo-se ao alinhamento da empresa ao preço de paridade de importação.

O aumento foi anunciado no mesmo dia em que matéria do O Globo mostra que Jair Bolsonaro (PL) pode ser o primeiro presidente, desde o Plano Real, a deixar o salário mínimo valendo menos que quando começou o mandato.