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Suape planeja atrair novas cargas para terminal de granéis sólidos

Novo grupo privado arrendou terminal de grãos e agora vai em busca de novas cargas para Suape

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Jamildo Melo

Publicado em 21/06/2022 às 11:32 | Atualizado em 21/06/2022 às 11:42
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O Complexo Industrial Portuário de Suape sediou reunião técnica de fomento a novos negócios em operações de movimentação de grãos. O encontro foi provocado pelo consórcio SUA Granéis, formado pelas empresas Agemar, Loxus e Marlog. O grupo tornou-se, em março deste ano, o novo arrendatário do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS) e vai explorar o equipamento por um período de 25 anos.

O encontro teve o objetivo de avaliar a possibilidade de atração de novas cargas, como milho e soja, que seriam escoadas pelo atracadouro pernambucano. O TGSS está localizado na retroárea do Cais 5, em um espaço de 72 mil metros quadrados, com investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões.

No evento, o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, também consultor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), fez explanação sobre a conjuntura do agronegócio e da produção e comercialização de grãos em todo o país. No evento, ele apontou os caminhos para atração deste tipo de carga para Suape, em especial da região conhecida como ‘Matopiba’, que engloba áreas localizadas nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e é um dos focos principais do consórcio SUA Granéis.

Além da produção de grãos do Matopiba, a SUA Granéis foca em cargas como coque de petróleo, açúcar, barrilha e fertilizantes.

A reunião foi comandada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio, e pelo diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão.

“Sete dos nove Estados da região vão puxar o crescimento e, três deles, Maranhão, Piauí e Bahia, que integram o Matopiba, devem colher algo próximo de 26 milhões de toneladas, pouco mais de 90% do total. Estamos de olho nessa fatia do mercado”, ressalta Manoel Ferreira, diretor da Agemar.

Busca de um novo tempo

“Essa reunião abriu um leque de oportunidades para inaugurarmos um novo tempo. Suape passa por um momento de revocacionamento. Essa é uma década em que orientaremos a estratégia de crescimento e consolidação de Suape como porto e complexo industrial. Essa reunião cumpre um papel importante para identificarmos não só a viabilidade, mas um conjunto diferente de oportunidades para a operação desse tipo de carga no porto e para a viabilização da cadeia logística que vem junto a tudo isso. Com essa explanação, Edeon conseguiu abrir os nossos olhos para possibilidades que não estávamos vislumbrando, mas que agora ajudará a nortear o nosso trabalho daqui para frente”, disse o secretário Geraldo Julio.

O diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, disse que o porto tem condições estruturais e de logística para atrair essas novas cargas.

“Hoje tivemos uma verdadeira aula sobre as oportunidades de negócios que podemos atrair para o nosso porto. Tenho conversado com muitos players que estão em vias de se instalar por aqui e que têm interesse no desenvolvimento de novos negócios e atração de novas cargas, como as que teremos no Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS). Acreditamos, também, que a nova Ferrovia do Sertão será fundamental para essa nova etapa de desenvolvimento do nosso porto”, afirmou.

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