Indústria

Bolsonaro nega interferência no Banco Central e avalia desoneração para empresas

Presidente também aproveitou evento com setor da indústria para fazer novas críticas ao poder Judiciário

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Antônio Gois

Publicado em 30/06/2022 às 9:31 | Atualizado em 30/06/2022 às 9:33
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Nesta quarta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a empresários que não vai interferir na política de juros do Banco Central e declarou que estuda uma desoneração para empresas.

As falas foram feitas no evento "Diálogo da Indústria", promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Lá, o presidente disse que "abriu mão de poder" interferir no BC para diminuir a Selic quando sancionou a autonomia do órgão, em fevereiro de 2021.

"Eu abri mão de poder. Poderia, num momento como esse, vamos supor – poderia, não vou dizer que vou fazer –, chamar o presidente do Banco Central: ‘Olha, está 12% a Selic, vamos passar na próxima reunião para 10%, senão cartão vermelho'”, declarou.

Faz duas semanas que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano.

Ainda disse: “Poderia acontecer? Poderia acontecer. Jamais faria isso daí. Mas a independência do Banco do Brasil dá uma garantia aos senhores, de que não vai ter interferência política nisso”.

DESONERAÇÃO PARA EMPRESAS

Procurando estimular a criação de empregos no país, Bolsonaro afirmou que estuda uma desoneração para empresas.

O chefe do executivo lembrou que "no ano passado, tivemos excesso de arrecadação na casa dos R$ 300 bilhões. E foi para abater dívidas esse recurso".

"O estudo lá com o Paulo Guedes é ver se, com uma desoneração, que a gente venha a perder um pouco desse superávit para abater dívidas, mas que sirva para ampliar o número de empregos no Brasil", continuou.

CRÍTICAS AO JUDICIÁRIO

No mesmo evento, Bolsonaro voltou a fazer críticas ao Poder Judiciário, afirmando que este teria interferências no Executivo e no Legislativo.

"O que nós queremos? São os três poderes livres, harmônicos e independentes, e cada um dentro do seu quadrado. E todos dentro das quatro linhas da Constituição", declarou.

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