Assassinato em aniversário

Bolsonaro minimiza assassinato de petista por bolsonarista: "briga de duas pessoas"

O vice-presidente Hamilton Mourão também se pronunciou. Segundo ele, o assassinato "não é preocupante"; Bolsonaro reclamou de quem classifica o assassino como "bolsonarista"

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Antônio Gois

Publicado em 11/07/2022 às 10:46 | Atualizado em 11/07/2022 às 10:59
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Nesta segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, morto à tiros em sua própria festa de aniversário pelo agente penal José da Rocha Guaranho, seu apoiador.

A fala de Bolsonaro foi vista como minimizadora do crime. A informação é do jornal O Globo.

"Vocês viram o que aconteceu ontem, uma briga de duas pessoas, lá em Foz do Iguaçu. “Bolsonarista”, não sei o que lá. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao PSOL", declarou o presidente.

Bolsonaro reclamou de quem se refere ao assassino como "bolsonarista". Porém, em suas redes sociais, Guaranho é um ferrenho apoiador do presidente e de sua família, além de se intitular "cristão" e "conservador".

 

(Reprodução/Internet)
Perfil do policial penal federal Jorge Guaranho - (Reprodução/Internet)

O presidente já havia comentado sobre o caso em suas redes sociais. Lá, Bolsonaro orientou seus seguidores: "por coerência mude de lado e apoie a esquerda".

VICE-PRESIDENTE HAMILTON MOURÃO

De acordo com o jornal, o vice-presidente Hamilton Mourão também minimizou o crime.

Segundo ele, o assassinato "não é preocupante" e não existem elementos para classificar o homicídio como ato político.

"Evento lamentável. Ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil, de gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas. Todos da área policial ali, um era guarda municipal, o outro era agente penal. Vejo de uma forma lamentável isso daí", disse Mourão.

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