Humberto Costa não descarta, mas aponta dificuldades para entendimento do PT com União Brasil
Em entrevista concedida ao programa Além da notícia, da Rádio Jornal Caruaru, o senador Humberto Costa (PT) não descartou possibilidade de entendimento entre o PT e o União Brasil
Em entrevista concedida ao programa Além da notícia, da Rádio Jornal Caruaru, o senador Humberto Costa (PT) não descartou possibilidade de entendimento entre o PT e o União Brasil. Ele respondeu questionamento de Jamildo Melo, titular desta coluna.
O senador afirma que o PT trabalha com a perspectiva de vitória no segundo turno, mas não considera impossível uma solução no primeiro turno. O parlamentar cita que a polarização pode fazer com que outros candidatos tenham votações residuais.
Nesse sentido, Humberto afirma que é necessário unir forças para enfrentar Jair Bolsonaro (PL), discordando de quem considera o incumbente um adversário vencido. O senador afirma que, se o apoio formal acontecer, seria algo positivo.
Apesar disso, o parlamentar elenca que Pernambuco apresenta algumas dificuldades para o entendimento entre o PT e o UB, elencando ainda outros dois estados que podem impedir esse acordo.
"Aqui em Pernambuco, se o caminho da solução for um entendimento que permita apoio a alguns candidatos do União Brasil para deputado, é possível. Mas acho muito difícil mexer no desenho atual, retirar uma candidatura como a de Miguel Coelho, que tem um percentual de votos importante e um enraizamento dentro do estado", diz Humberto Costa.
O senador afirma acreditar que, se vier a acontecer, o acordo aconteceria informalmente. Ou seja: com a Frente Popular ajudando alguns candidatos do União Brasil e, em contrapartida, o partido de Bivar apoiaria formalmente Lula.
"Isso pode representar mais quase um minuto de TV, algo importante numa disputa como essa", diz Humberto Costa. Mas, para além de Pernambuco, há os fatores São Paulo e Bahia, onde há enfrentamento entre as duas legendas.
"O UB poderia ter a vice do Haddad (PT), mas hoje o partido está com o governador Rodrigo Garcia (PSDB). Por outro lado, a REDE, o PSOL e o próprio PSB querem a vice. Não é uma situação fácil de se resolver", avalia.
O local que poderia apresentar mais dificuldades é a Bahia. Lá, há o enfrentamento entre o ACM Neto (UB) e o governador Rui Costa (PT), envolvendo o ex-governador Jaques Wagner (PT) e. agora, o pré-candidato Jerônimo Rodrigues (PT).
"É uma disputa histórica, é muito difícil imaginar que o PT retire o candidato ou aceite dois palanques", diz Humberto Costa.
Entenda a movimentação do PT e do União Brasil
O colunista Guilherme Amado revelou, no portal Metrópoles, que o União Brasil e o PT buscam um entendimento nacional. A legenda de Luciano Bivar (UB), para isso, pede a retirada da candidatura de Jerônimo Rodrigues, na Bahia.
Em troca, Luciano Bivar (UNIÃO) desistiria de disputar a Presidência da República, facilitando a vida de Lula (PT), que busca vitória já no primeiro turno.
Pelo desenho apontado pelo colunista, Luciano Bivar ganharia a vaga de senador na chapa da Frente Popular, em Pernambuco, desbancando Teresa Leitão (PT). O PT local nega essa possibilidade e aliados do próprio União Brasil apontam que, no máximo Bivar busca candidatura a deputado federal.
Outro ponto que serviria como moeda de troca é apoio do União Brasil à candidatura de Fernando Haddad (PT) ao Governo de São Paulo.