A Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, que ficou conhecida como Decasp, virou mote eleitoral, novamente.
A promessa da volta foi formalizada pela a candidata à governadora Raquel Lyra, ao lado de sua correligionária, Delegada Patrícia (PSDB), agora é candidata a deputada estadual.
"Ela é a ex-titular da extinta unidade policial que investigava práticas de corrupção de políticos e empresários ligados ao Poder Público", apresenta-se.
O compromisso foi firmado num encontro entre as duas candidatas e divulgado depois nas redes sociais.
"Combater a corrupção é um princípio em comum com a Delegada Patrícia. Firmo aqui o compromisso de que a Decasp vai voltar. É muito bom poder estar junto de gente que defende os mesmos valores do que nós", disse a candidata ao governo. "Transparência e zelo com dinheiro público é o que nos une", afirmou.
Segundo a Delegada Patrícia, reabrir a delegacia de combate à corrupção é um projeto em benefício da população de Pernambuco.
"A gente espera nossa Decasp de volta, devolvida para os pernambucanos. Para mim é uma alegria estar aqui com Raquel e saber que ela assume esse compromisso", disse a candidata à deputada estadual.
Projeto de criação da Draco, em 2018
A Decasp foi fechada por meio de um projeto de iniciativa do governador Paulo Câmara (PSB) e aprovado na Assembleia Legislativa em 2018. Na época, a SDS informou que o projeto de fechamento da delegacia atendia uma orientação nacional, para criação de departamentos como o criado aqui, de nome Draco. A ideia aconteceu na mesma época em que Sérgio Moro dirigia o Ministério da Justiça.
"A iniciativa do governo do PSB em fechar a delegacia foi logo depois de serem revelados escândalos de desvio de verba da merenda escolar envolvendo uma empresa licitada para o fornecimento dos alimentos", afirma a campanha da candidata estadual.
"A Delegada Patrícia liderou ainda outras 14 grandes operações que resultaram em prisões de prefeitos e demais políticos corruptos, agentes públicos e empresários envolvidos em desvio de verbas, e na recuperação de mais de R$ 10 milhões em bens materiais comprados com o dinheiro desviado".
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